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Jogos Paralímpicos iniciam com festa de inclusão social

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  • Luanda • Quinta, 29 Agosto de 2024 | 06h54
Angola participou na festa dos Jogos Paralímpicos de Paris2024
Angola participou na festa dos Jogos Paralímpicos de Paris2024
Marcelino Camões - ANGOP

Paris (Do enviado especial) - Os Jogos Paralímpicos iniciaram-se na quarta-feira, com uma cerimónia que transcendeu o mero espírito competitivo e abarcou a valorização social em homenagem aos mais de 16% da população mundial que possui alguma deficiência, segundo estudos.

Não podia ser diferente tendo em conta a história do surgimento do evento, em 1948, na cidade de Stoke Mandeville (Inglaterra).

Na altura, o médico Ludwig Guttmann reuniu veteranos da II Guerra Mundial, com lesões na medula espinhal, para jogos desportivos com fim terapêutico.

Doze anos depois disputou-se a edição de estreia, quase no actual formato, na cidade de Roma (Itália), em 1960, sendo que a inclusão social se mantém como o verdadeiro motivo da competição, apesar de já profissionalizada.

Além da Champs-Elysées e da Praça da Concórdia, o Jardim das Tulherias também fez parte da festa, com a iluminação da pira, no balão que virou atracção turística.

Mais de quatro mil atletas, representando 170 delegações, entre as quais a de Angola, participaram do desfile diante de 50 mil espectadores, na primeira organizacão dos franceses dos Jogos Paralímpicos.

A abertura desta XVII edição contou com 150 bailarinos, incluindo cerca de 20 com deficiência, para um espetáculo recheado de mensagens inclusivas, realizado em céu aberto, ao contrário dos pavilhões de costume.

Angola foi o quinto país a desfilar com a velocista da classe T11 (deficiência visual total), Juliana Moko, como porta bandeira de uma delegação que integra apenas mais um atleta, Sabino Bambua, do Bié (deficiente motor, classe T47).

Completaram o grupo que desfilou,Telma Silva (Chefe de missão), António da Luz (Secretário-geral), José Manuel (Seleccionador nacional) e Paula Luís (Fisioterapeuta). 

No total, África participa com atletas de 37 países dos 54 que constituem o continente.

Representação africana:

Durante as Olimpíadas de Tóquio 2020, os países africanos conquistaram um total de 20 medalhas, sendo quatro de ouro, seis de prata e dez de bronze.

Trata-se do Egipto, Marrocos, Tunísia, Quénia, Etiópia, Namíbia e Burquina Faso.

Segundo prognósticos de especialistas, dentre os países africanos que participam nestes jogos alguns têm chances reais de subida ao pódio. 

O Egipto, por exemplo, conta com uma forte equipa de atletas em desportos como o futebol, voleibol e ginástica.

Já a Nigéria possui histórico de destaque em desportos como o atletismo e a natação.

Reforço na segurança

Para a realização da cerimónia de abertura, um imenso esquema de segurança foi planeado. Cerca de 15 mil membros das forças de segurança foram mobilizados.

A circulação de veículos em todo o perímetro ao redor da Praça da Concórdia ficou, obviamente, proibida.

Várias estações de metro e de trens ao longo da avenida Champs-Elysées também ficaram encerradas antes e durante a cerimónia, que durou mais de quatro horas.

As competições desportivas iniciam esta quinta-feira (29) com provas de natação, voleibol sentado, goalball, ciclismo entre outras, sendo que as primeiras medalhas serão arrecadadas nas finais directas.MC/ADR 


 





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