Menongue – Os responsáveis da agricultura dos nove municípios do Cuando Cubango participam desde hoje, em Menongue, numa acção formativa, onde, entre vários assuntos, vão aprimorar conhecimentos sobre a aquicultura.
Em declarações à Imprensa, o director nacional da aquicultura do Ministério das Pesca e Recursos Marinhos, António Ondi, informou que o certame tem como objectivo melhorar as técnicas de produção de peixes e atrair mais cidadãos para a actividade, como forma de melhorar a dieta e contribuir nos esforços do governo voltados para a auto-suficiência alimentar.
“A intenção é dar maior atenção à formação e treinamento em aquicultura, destinado não só aos aquicultores, mas também expansionistas, porque vão deixar uma experiência que vai permitir aos formandos virem a se tornar em formadores. Por isso é denominado curso dos expansionistas ou formação dos formadores”, explicou.
Dentre os principais conteúdos a serem abordados o destaque recai para os conceitos gerais da aquicultura, passos a serem seguidos para se tornar num aquicultor, formas de escavação e preparação de um tanque, como criar o peixe, onde criar e dominar as espécies possíveis e sua localização.
Durante a abordagem os participantes serão instruídos sobre os métodos de produção de ração artesanal ou alternativa, técnicas de tratamento da sanidade em aquicultura, bem como noções de recursos biológicos aquáticos.
Sobre os apoios aos empresários ou cidadãos interessados na prática da aquicultura, disse que o ministério tem prestado apoio institucional, como assistência técnica, vistoria para melhorar o sistema de produção, ajudando o empresário a desenvolver a sua actividade, ao passo que, depois do aprendizado e da formalização de toda a documentação, a banca pode conceder o devido financiamento.
Por seu turno, a chefe de Departamento das Pescas no Cuando Cubango, Anabela de Almeida, referiu que os cidadãos desta parcela do território nacional preferem pescar no rio, privilegiando a pesca continental, embora de forma tímida, já que os resultados provenientes desta actividade têm servido apenas para o consumo próprio e para o comércio em baixa escala.
Ao nível da província são controladas apenas três produtores de peixe com base na aquicultura, por isso, acredita que os conhecimentos a serem obtidos nesta formação vão ajudar bastante e motivar outras pessoas à prática de aquicultura. SM/JSV/PLB