Ebo – Quinhentos mil hectares de terras aráveis estão disponíveis para a campanha agrícola 2024/2025 na província do Cuanza-Sul, que prevê colher três milhões 500 mil toneladas de produtos diversos, informou a governadora local, Mara Quiosa.
A governante, que falava na abertura da época agrícola, decorrida no município do Ebo, a 164 quilómetros da cidade do Sumbe, capital da província do Cuanza-Sul, disse a região contará com 400 mil famílias, 300 cooperativas e 600 associações de camponeses.
Informou que a província dispõe de 600 toneladas sementes de milho, feijão, arroz, trigo, massango, massambala, frutícola e hortícolas diversas, disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura e Florestas.
Acrescentou que o Governo local se propõe, igualmente, a distribuir duas mil toneladas de adubos, catanas, enxadas, multicultivadoras e outros instrumentos agrícolas.
Por isso, Mara Quiosa desafiou os camponeses a continuar a aumentar as áreas de cultivo, com vista a manter ou superar as três milhões e 500 toneladas de produção bruta das diversas fileiras agrícolas, colhidas na época 2023/2024,
“Continuamos ainda com dificuldades de escoamento dos produtos do campo para a cidade, porém temos de melhorar as nossas vias, mesmo com terraplanagens”, frisou.
Instou aos detentores de espaços agrícolas no sentido de legalizarem para facilitar o acesso ao crédito e outros benefícios que o Governo coloca à disposição dos agricultores.
No ano agrícola 2023/2024 os produtores obtiveram uma produção bruta de três milhões 500 mil toneladas, sendo 762 mil 419 cereais, um milhão 270 mil e 286 de raízes e tubérculos, 107 mil 702 de leguminosas e oleaginosas, 193 mil 357 de hortícolas e 996 mil 714 toneladas de frutícolas.
Os principais produtos de cultivos na província do Cuanza-Sul são o milho, feijão, batata-doce, batata rena, mandioca, tomate, repolho, banana, citrinos e café.
A província conta com uma área total de dois milhões 817 mil 504 hectares de terras aráveis para a prática da agro-pecuária, estando dois e 64 mil 315 ocupados e apenas um milhão 125 mil 564 hectares a serem utilizados, sendo que 938 mil 751 hectares se encontram inutilizados (terrenos ociosos).
Considerou a agricultura familiar como garante da sustentabilidade, daí a necessidade de continuar a apostar nesta forma de produção, que, apesar das dificuldades, com resiliência, coragem e responsabilidade será possível assegurar que a actividade agrícola continue a ser um factor decisivo para a diversificação da economia e o desenvolvimento do país”. LC/ALH