Kinshasa – O partido político congolês Novo Impulso do antigo Primeiro-ministro, Adolphe Muzitu, propôs quarta-feira, 27, a Assembleia nacional a abertura de um processo judicial contra o Presidente Félix Tshisekedi por alta traição.
O facto foi anunciado pelo seu porta-voz, Albert Mukulubundu, em conferência de imprensa de terça-feira, 27 de Abril de 2022, noticia o jornal online 7sur7.cd.
“Félix Tshisekedi assinou a 08 de Abril, a adesão da RDC na Organização dos Estados da África Oriental (AEC) com os países que matam, saqueiam, violam as nossas populações e apoiam os grupos terroristas no Leste da República Democrática do Congo. Os mesmos Estados conseguiram impor negociações com os seus protegidos com o fito de integra-los novamente nas Forças armadas e nas estruturas do Estado. Mais grave ainda, e sem o aval da Assembleia nacional, conforme o artigo 2014, Félix Tshisekedi oficializou a ocupação das nossas províncias do Leste pelas tropas da AEC… Essas tropas já lá estão em violação as nossas fronteiras, antes da resolução da mini-cimeira de Nairobi”, disse o político congolês.
Recorde-se que os Presidentes do Kenya, Burundi, Uganda, Ruanda (representado) e da RDC reuniram-se a 08 de Abril último em Nairobi (Kenya), onde debateram de questões ligadas a segurança no Leste da RDC.
Os referidos países membros da AEC, Organização que a RDC aderiu recentemente, depois de um encontro secreto na Jordânia, pediram ao Presidente Tshisekedi de, num prazo de duas semanas, dialogar com os diferentes grupos armados que operam naquela região, com intuito de deporem as armas.
Estiveram na estação balnear de Aqaba, os Presidentes Yowri Museveni (Uganda); Félix Tshisekedi (RDC); Paul Kagame (Ruanda); Filipe Nyusi (Moçambique), e o Primeiro-ministro tanzaniano, Kassim Majaliwa.