Maputo - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou hoje, 30, ao sector privado do país para apostar na diversificação da actividade produtiva, defendendo que os empresários não devem continuar dependentes de estímulos do Estado, como isenções fiscais.
"Gostaríamos de ver mais empresários a adoptar o sistema de exploração e diversificação de investimentos nos produtos e serviços, tendo sempre em atenção a produtividade, diversidade, qualidade e aumento da capacidade produtiva", afirmou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava na abertura da 17.ª Conferência Anual do Sector Privado (CASP), o maior encontro de homens de negócios em Moçambique.
Os empresários moçambicanos, prosseguiu, devem ter sentido de oportunidade na identificação de áreas de negócios, interesse pelo conhecimento no domínio da sua actividade e capacidade para a mobilização de recursos.
O chefe de Estado moçambicano defendeu sinergias dentro e fora do país visando fortalecer a capacidade produtiva e competitiva, usando espaços como a CASP como "montra".
"Que a CASP sirva de montra para a visibilidade do nosso país a nível regional e internacional, funcionando como bloco e plataforma geoestratégica produtiva e comercial", declarou Filipe Nyusi.
Os homens de negócios nacionais, continuou, não devem depender de incentivos do Estado para serem competitivos, pois tais ajudas são transitórias.
"Mais do que exigir reformas do Governo, é preciso que o sector privado invista cada vez mais no aumento da produção", enfatizou Nyusi.
A CASP junta durante os próximos três dias em Maputo mais de mil pessoas, sob o lema "Acelerando as acções de recuperação económica do sector privado em Moçambique".
Na conferência será apresentada uma carteira de negócios avaliada em 990 milhões de dólares (893,5 milhões de dólares), para os sectores de agricultura, energias, turismo, infra-estruturas de água e transportes.
O evento retoma este ano, após ter sido suspenso nos últimos dois anos, devido à pandemia de covid-19.