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Número de mortos em ataque na RDC sobe para 42

     África              
  • Luanda • Quinta, 13 Junho de 2024 | 19h29
Bandeira da República Democrática do Congo
Bandeira da República Democrática do Congo
Divulgação

Kinshasa - As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) elevaram para 42 o balanço de mortos num ataque por alegados membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF) na província de Kivu do Norte, no leste do país, noticia o site Minuto ao Minuto.

"O balanço provisório é de 42 mortos, vários feridos, desaparecidos e bens reduzidos a cinzas, incluindo o mercado", afirmou o responsável Macaire Sivikunula, do sector de Bapere, à comunicação social local e citado pela agência de notícias EFE.

Segundo Sivikunula, depois dos primeiros 25 corpos encontrados na localidade de Maakengu, foram registados outros 17 na estrada que liga esta à cidade vizinha de Nyanza.

De acordo com o deputado provincial Bogombi Faisi Enoch, antigo chefe local de Bapakombe, disse que os assaltantes invadiram a cidade na quarta-feira, em pleno dia de mercado, enquanto o chefe do sector de Bapere, Macaire Sivikunula, afirmou que o exército congolês tinha lançado uma operação na zona, segundo o portal de notícias congolês Actualité.

Macaire Sivikunula relatou que os milicianos, sem revelarem a sua identidade, chamaram a população que fazia compras num mercado local para uma reunião sobre a situação de segurança na zona.

"As pessoas não sabiam que estavam a lidar com o inimigo. A meio da reunião, os atacantes começaram a executar civis com armas de fogo e armas brancas", afirmou.

Com este ataque, o número de mortos às mãos das ADF nas últimas duas semanas ascende a mais de 100, segundo a sociedade civil, que na semana passada denunciou o assassínio de 79 civis na região de Beni.

Todavia, as autoridades baixaram o número de mortos para 41 e afirmaram ter lançado uma operação contra o grupo.

As ADF, com ténues ligações ao Estado Islâmico, foram criadas nos anos 1990 no Uganda e estão particularmente activas no leste da RDC, onde foram acusadas de matar centenas de civis.

O objectivo seria regressar ao Uganda, de onde saíram em 2003 após várias operações militares que reduziram as suas capacidades.

O grupo separou-se em 2019 depois de o seu líder, Musa Baluku sancionado pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos ter jurado fidelidade ao Estado Islâmico na África Central, sob cuja bandeira tem operado desde então.

A RDC e o Uganda assinaram um acordo de defesa em Dezembro de 2021 para levar a cabo operações conjuntas no leste do território congolês. AM

 



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