Abuje - A Human Rights Watch criticou hoje a acusação de traição imputada a dez manifestantes na Nigéria, considerando que a acusação envia uma mensagem de intolerância face à dissidência, em vez de apoiar a liberdade de expressão.
"Ao acusar os manifestantes de traição, as autoridades da Nigéria estão a enviar uma preocupante mensagem de intolerância à dissidência, em vez de apoiar o direito dos nigerianos à liberdade de expressão e de ouvir as suas reivindicações", disse a investigadora nigeriana da organização não-governamental, Anietie Ewang.
Em causa está a possível condenação de dez manifestantes a pena de morte por terem sido acusados de traição devido à participação nas manifestações contra o aumento do custo de vida e a pior crise económica numa geração.
De acordo com a acusação, os manifestantes, incluindo um cidadão britânico, foram detidos na capital por terem "intenção de destabilizar a Nigéria e intimidar o Presidente".
Os manifestantes vão ficar detidos até serem ouvidos pelo juiz, a 11 de Setembro, mas já se declararam inocentes.
Durante os protestos de Agosto, pelo menos 22 pessoas foram mortas pelas forças de segurança, de acordo com os números apresentados pela Amnistia Internacional, mas negados pelas autoridades. JM