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Mais de 150 escolas temporariamente encerradas em Cabo Delgado

     África              
  • Luanda • Terça, 05 Março de 2024 | 12h20

Maputo – Cento e cinquenta escolas das 978 existentes na província de Cabo Delgado estão encerradas temporariamente devido a incursões de rebeldes que desde 2017 assola aquela região do país.

O director provincial de Educação, Ivaldo Quincardete, citado pela Rádio Moçambique, disse que o  distrito de Chiùre, assolado por uma nova vaga de ataques nas últimas semanas, tem o maior número de escolas encerradas (40), seguido por Macomia, com 35 instituições, avançou Ivaldo Quincardete, citado pela Rádio Moçambique.

"Neste momento, estão a funcionar 821 escolas. O distrito com maior enfoque, por enquanto, é Chiùre e nós acreditamos que muito brevemente essas escolas vão retomar ou grande parte delas poderá retomar", observou o responsável provincial de Educação.

Por seu turno, o primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, informou que a nova vaga de ataques em direcção ao sul de Cabo Delgado obrigou milhares de pessoas a abandonarem as suas aldeias, principalmente em Chiùre.

Não obstante a este facto, o governante disse haver melhorias, com o número de deslocados a descer de 67 mil para 45 mil.

"Neste momento, a prioridade é acomodar as pessoas. É isso que está sendo feito. Estava a ser um exercício muito grande, numa assentada, receber as pessoas. Algumas pessoas estão em escolas e outras em tendas, mas temos de dar alguma coisa para se alimentarem", declarou segunda-feira à comunicação social, em Maputo, Adriano Maleiane.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com o apoio do Rwanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques no sul da região.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o Projecto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês). JM





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