Luanda - Os Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL) transportaram, de Janeiro a Junho deste ano, cinco mil toneladas de carga diversa, entre Luanda e as províncias do Cuanza-Norte e Malanje, informou, domingo, o director do Gabinete de Comunicação Institucional, Imagem e Intercâmbio da instituição.
Actualmente, sete comboios do tipo DMU estão a fazer o trajecto Bungo-Viana.
Augusto Osório, em entrevista ao Jorna de Angola, explicou que das cinco mil toneladas de carga geral, a maioria eram produtos agrícolas provenientes das províncias de Malanje e do Cuanza-Norte, colhidos ao longo dos últimos seis meses deste ano.
No mesmo período, continuou, a empresa transportou, igualmente, para as províncias do Cuanza-Norte e Malanje 13 milhões de litros de gasóleo.
Em relação ao transporte de passageiros, informou que, durante este período, a empresa levou 500 mil passageiros, com maior incidência no trajecto Bungo-Viana, no chamado "Corredor dos comboios suburbanos”.
O CFL, adiantou, transportou também passageiros no percurso inter-provincial, em particular no trajecto Musseques (Luanda) e Luinha (Cuanza Norte).
"Há mais de dois anos que as locomotivas vocacionadas ao transporte de pessoas, não se deslocam à Província de Malanje, por inoperância da via”, lamentou, acrescentando que para Malanje apenas têm feito o transporte de carga e não de pessoas.
Os Caminhos-de-Ferro de Luanda, realçou, vão trabalhar, com apoio do Executivo, na reabilitação do troço ferroviário entre o Zenza do Itombe e Cacuso, em Malanje. "A reabilitação dos trilhos neste percurso vai permitir o regresso do comboio de passageiros até Malanje”.
Vandalização
Em relação à vandalização, o director do Gabinete de Comunicação Institucional referiu que os prejuízos estão orçados em mais de 12 mil milhões de kwanzas e afectaram, em particular as províncias de Luanda, Cuanza-Norte e Malanje.
Deu ainda a conhecer que, durante os últimos seis meses deste ano, os Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL) registaram o atropelamento de mais de 50 pessoas, das quais mais de metade resultaram em mortes.
Os sobreviventes, esclareceu, infelizmente convivem com traumas físicos e psicológicos, que vão levar para toda vida.
"Por isso, temos realizado campanhas de sensibilização para aconselhar as pessoas que inadvertidamente andam sobre a linha férrea, ou desenvolvem actividade comercial próximo dos trilhos, assim como há quem não respeite as normas de circulação ou travessia das passagens de nível, a evitarem tais práticas, em especial com o aumento da circulação de comboios”, disse.
Unidades Diesel
Actualmente, frisou, sete comboios do tipo Unidade Múltipla Diesel (DMU) estão a servir os utentes entre o Bungo e Viana. No momento, revelou, estão a ser construídas, também, novas oficinas em Catete, para a manutenção destas unidades, adquiridas há dois anos na China.
Para melhor cuidar da manutenção dos comboios DMU, disse, o CFL fez a reabilitação parcial das antigas oficinas dos Musseques, no Cazenga, e ampliou algumas naves.
Em relação ao serviço do CFL a ser colocado à disposição dos utentes do aeroporto internacional Agostinho Neto, Augusto Osório disse que as obras estão na rota final. "Temos a duplicação da linha feita, assim como o ramal que liga a estação da Baia até ao aeroporto”, lembrou.
A empresa, garantiu, construiu, igualmente, novas estações no Bungo, Musseques, Viana e Baia, assim como criou um espaço de conexão e o terminal ferroviário, para poder dar resposta aos futuros utentes do aeroporto.ART