Menongue - Mais de 300 crianças afectas à Organização de Pioneiro Agostinho Neto (OPA) no Cuando Cubango marcharam hoje, sábado, nas principais artérias da cidade de Menongue, em repúdio à violência sexual, psicológica, trabalho infantil e fuga à paternidade, no âmbito do mês dedicado aos petizes, Junho.
Na sua mensagem, durante a marcha, as crianças solicitaram dos pais, encarregados de educação, sociedade civil e das instituições estatais que velam pela protecção dos seus direitos a dedicar maior esforço para que os 11 compromissos assumidos pelo Executivo sejam efectivados, visando proporcionar o seu desenvolvimento integral no futuro.
Por seu turno, o 1º secretário provincial da OPA no Cuando Cubango, António Mário Muhongo, disse que a actividade se enquadra na acção social da organização de divulgar os direitos da criança, para que haja maior consciencialização da protecção e, desta forma, permitir que os petizes, considerados o futuro da sociedade, cresçam num ambiente favorável em prol do seu desenvolvimento harmonioso.
Foi possível com a marcha, conforme disse o responsável, as crianças demonstrarem o seu descontentamento em relação à violência generalizada que têm sofrido dentro e fora dos lares, com realce para o abuso sexual, físico e o trabalho infantil.
Fez saber que a OPA está representada nos nove municípios da província do Cuando Cubango, faltando a revitalização para que a organização ganhe mais notabilidade no seio das comunidades, em relação à sua acção social.
Já a chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional da Criança (INAC) no Cuando Cubango, Lérias Biwango, considerou a iniciativa da OPA pontual, porquanto serviu para o repúdio contra todos os males que afectam as crianças naquela região, sobretudo a gravidez precoce, abuso sexual, violência doméstica e outras práticas maléficas à criança e que, agora, são os protagonistas no seu combate. ALK/FF/PLB