Namacunde – A Organização da Mulher Angolana (OMA) pretende acabar com o envolvimento de crianças no transporte de mercadorias, oriundas da República da Namíbia, a partir da fronteira angolana de Santa Clara (Cunene).
A OMA, para materializar a sua pretensão, promoveu esta terça-feira, na povoação de Santa Clara, município de Namacunde, uma campanha de sensibilização, denominada “STOP - Juntos no combate à exploração laboral das crianças”.
A actividade enquadra-se na jornada do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, assinalado a 12 de Junho, e visa despertar os pais e encarregados de educação sobre os riscos do envolvimento de menores no comércio informal, na Santa Clara.
Segundo a responsável do Departamento da Acção Social e Cidadania da OMA no Cunene, Joaquina de Araújo, muitas são as crianças que transportam mercadorias de supostos comerciantes da Namíbia para Angola, situação que deve ser evitada.
Explicou que a organização feminina do MPLA, comovida com esta situação, entendeu juntar-se às acções do INAC, no sentido de ajudar na divulgação e sensibilização das famílias, no intuito de acabar com esta prática.
Joaquina de Araújo sublinhou que o código de família prevê que as crianças devem estar sob cuidado dos pais e receberem atenção desejada.
Por seu turno, o chefe da Secção de Protecção à Criança do INAC no Cunene, Macuntima Samuel, disse que acções do género visam desencorajar a prática de menores em idade escolar no comércio informal.
O responsável afirmou que o trabalho tem surtido bons resultados, visto que este ano, 85 crianças dos 8 aos 17 anos de idade, que exerciam este trabalho, foram reintegradas nas respectivas famílias, no município de Ombadja.
O programa de combate ao trabalho infantil no Cunene envolve o Gabinete de Acção Social, Família e Igualdade do Género, em parceria do Instituto Nacional da Criança, da Polícia Nacional, do Serviço de Investigação Criminal, entre outros. PEM/LHE/OHA