Dondo,21/ 04 (Angop) - O governador da província do Cuanza Norte, Pedro Makita Armando Júlia, considerou crítica a actual situação da população afectada pelas cheias do rio Kwanza, na comuna de Massangano, município de Cambambe.
Reconheceu que mais de três mil populares das aldeias de Lola, Maculumbi e Mulende vivem em condições “extremamente difíceis”, carecendo de apoios multiforme.
O governador fez estas declarações à imprensa, no final da visita que efectuou, sexta-feira, às aldeias ribeirinhas do rio Kwanza, com objectivo de constatar os prejuízos causados pelas cheias.
Afirmou que, humanamente, a população destas aldeias esgotou a sua resiliência diante de calamidades naturais, com a perda de todos os haveres, incluindo campos de cultivo e habitações inundadas.
Apelou à mobilização da sociedade para a prestação de ajudas aos sinistrados.
Referiu que o governo da província está a gizar um plano de assistência imediata às famílias sitiadas pelas águas, essencialmente, na vertente da saúde, alimentação e alojamento.
A par das iniciativas locais, serão, também, captados apoios junto das estruturas centrais, para socorrer aquelas comunidades.
A comuna de Massangano está a ser fustigada pelas cheias desde a segunda quinzena de Março último.
O aumento do caudal do rio afectou, até ao momento, perto de oito mil famílias e inundou mais de mil campos de cultivo nas aldeias de Mucoso, Carinda, Ngolo, Cambondo, Cassequel, Kixingango, Lola, Maculumbi e Musseque Cariapuco.
Acompanhado do administrador municipal de Cambambe, Adão Malungo e de outros responsáveis do Governo Provincial, o governador Pedro Makita, percorreu de lancha, por via fluvial, num ambiente de chuva, às aldeias visadas onde constatou o drama daquela população.
A cheia na comuna de Massangano, é um fenómeno cíclico, que ocorre todos os anos, devido a libertação de grandes quantidades de água acumulada nas albufeiras das três barragens existentes no corredor do médio Kwanza (Capanda, Laúca e Cambambe). MF/DS