Cabinda – A cidade de Cabinda, sede da província com o mesmo nome, que celebra, este sábado, 66 anos, com níveis elevados de crescimento de infra-estruturas industriais, económicas e sociais.
Chamada de Vila Amelia até 1956, a administração local aposta na melhoria da oferta de serviços, nas áreas de energia elétrica e distribuição de água.
O saneamento básico visando combater o lixo e manter a cidade mais limpa, a reabilitação das vias terciárias têm sido também os grandes desafios da administração municipal para melhorar a imagem da cidade e o bem-estar dos seus munícipes.
Em entrevista à ANGOP, a administradora municipal de Cabinda, Berta Marciano, afirmou que a intenção é satisfazer as necesdidades dad comunidades, colocando ao seu dispor condições ideias para o bem-estar social.
Entre os programas gizados, em execução e em carteira consta infra-estruturas dos sistemas de captação e distribuição de água do Sassa Zau, que, desde de 2021, está a atender às populações do centro e da periferia, e a distribuição de energia, melhorada com as novas turbinas na Central Térmica de Malembo, para além das centrais de Chibodo, Santa Catarina e as subestações do Palácio, NBuco, Matador e Sende.
O Hospital Geral de Cabinda e o Terminal Marítimo de Passageiros, infra-estruturas recentemente inauguradas pelo Presidente da República, João Lourenço, marcam os sinais de desenvolvimento e crescimento da cidade de Cabinda, que até finais deste ano vai ainda contar com o novo edifício arquitetónico, a sede administrativa do governo da província de Cabinda, a nova centralidade de Chibodo e o Centro Universitário do Caio.
"São vários os sinais que a cidade está a conhecer nos últimos cincam anos. Podemos ainda citar os trabalhos em curso da reabilitação do troço de 20 kms que liga a zona de Povo Grande a localidade de Yabi, que vai melhorar a mobilidade dos habitantes daquelas aldeias, o ordenamento dos mercados, com a inauguração, em breve, do mercado de peixe. Tudo aponta que os munícipes estão sendo bem servidos", ressaltou.
Berta Marciano fez ainda referência à iluminação pública e ao saneamento básico nas artérias da cidade de Cabinda.
Como novidade, Berta Marciano fez saber que está em estudo e consulta a mudança de nomes das ruas que ainda têm as designações coloniais.
Preocupações
O aumento de estrangeiros ilegais, sobretudo na periferia, tem sido encarado como um das grandes preocupações da administração de Cabinda, que apela ao comando da polícia e outros órgãos de defesa e segurança e ordem interna ao combate mais eficaz para mitigar esses fenómenos.
Berta Marciano defende que os moradores da encosta do Morro do Tchizo devem ser removidos para áreas mais seguras, para se desenvolver uma zona verde e ambiental que vai proteger eventuais erosões, ravinas e segmentos transportados pelas enxurradas que inundam as vias principais na zona urbana da cidade.
"Queremos devolver a zona de Tchizo o seu verde que existia antes da invasão das construções anárquicas que hoje fazem da encosta do morro uma ameaça ao meio ambiente", frisou.
Histórico,
Conhecido hoje como cidade de Cabinda, dados documentais indicam que, em 1885, chamava-se Porto Rico, delegação do distrito do Congo, então governado por Serpa Pimentel.
Após 2 anos, Cabinda deixou de ser uma delegação do distrito do Congo e passou a sede de circunscrição administrativa e em Julho de 1890 foi elevada à categoria de vila.
Serpa Pimentel, já na qualidade de governador do distrito do Congo, com sede em Cabinda, propôs, em 1896, que fosse designada por Vila Amélia. Ao ser elevada, em 28 de Maio de 1956, ao mesmo tempo sede distrital, a cidade de Cabinda, hoje com o figurino jurídico-administrativo de município sede e com uma população estimada em mais de 600 mil habitantes.
O nome Kabinda
O nome Kabinda, que actualmente se escreve com C, tem como origem um dignitário do antigo reino do Ngoyo chamado Binda, que até a morte viveu na aldeia Buku Nyonyon, nas proximidades do rio Lucola.
Tchiowa
Tchiowa é o nome com que os autóctones da região centro sul de Cabinda davam ao mercado ou praça onde se fazia a permuta de produtos da região com sal.