Luanda - O reforço do investimento dos agentes económicos portugueses em Angola esteve em análise esta terça-feira, em Luanda, numa audiência que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.
No final da audiência, o governante português disse à imprensa estar em vista a extensão dos investimentos bilaterais nas áreas do turismo, energia e agricultura, onde Angola tem um grande potencial.
João Gomes Cravinho considerou fundamental que se trabalhe para intensificar a cooperação económica, apesar do que chamou de “constrangimentos da Covid-19” agravada pelo “conflito entre a Rússia e a Ucrânia”.
O governante luso adiantou que o relacionamento económico entre Angola e Portugal está favorecido pelo facto de ter sido superado, nos últimos anos, o problema das dívidas do Estado angolano para com as empresas portuguesas.
Por outro lado, elogiou o trabalho do Governo angolano para a melhoria das condições económicas do país, que tem merecido o reconhecimento das agências internacionais.
Mobilidade
Quanto aos vistos para Portugal, o ministro luso disse que a situação está a melhorar desde a assinatura do protocolo de facilitação dos mesmos (vistos).
“Os números mostram que há uma maior agilidade, mas temos que melhorar. Um dos objectivos da minha visita é o de me inteirar dos problemas relativos à concessão de vistos e encontrar soluções”, exprimiu.
Esta é a primeira visita do governante luso ao estrangeiro, desde a tomada de posse do novo governo de Portugal.
João Gomes Cravinho explicou à imprensa que a sua visita de trabalho a Angola tem uma dimensão simbólica e outra prática. Sublinhou que era importante sinalizar essa parceria no início do seu mandato, como ministro dos Negócios Estrangeiros.
Angola e Portugal estabeleceram relações diplomáticas a 9 de Março de 1976.
Portugal é dos principais parceiros comerciais de Angola, com forte presença nos sectores da construção, banca, exportação de produtos alimentares e bebidas.
O estabelecimento das relações diplomáticas foi antecedido pela abertura, por Portugal, em Janeiro de 1976, do seu Consulado Geral em Luanda.
Angola é um dos principais investidores em Portugal, com actividades que vão desde a energia às telecomunicações e à banca.