Menongue - O segundo-secretário do MPLA no Cuando Cubango, João Yambo Miguel, enalteceu, esta sexta-feira, a aprovação da lei da nova Divisão Político Administrativa (DPA) pelo facto de a sua implementação vir a melhorar a acção governativa e a condição social dos cidadãos.
Em declarações à ANGOP, a propósito da nova lei aprovada quarta-feira última, pela Assembleia Nacional, João Yambo Miguel disse tratar-se de uma acção esperada e aclamada pela população, a julgar pela extensão e as distâncias inter-municipais e comunais, agravadas pelas enormes dificuldades das vias de acesso.
O político referiu que, apesar da crença generalizada da chegada das estradas “até ao Bico de Angola”, sempre ficou confirmado que não seria tão rápida a chegada dos bens essenciais à população, tendo em conta o distanciamento das localidades com a sede capital da província.
Acrescentou que governo pensou tão rápido e concluiu que a DPA e o estabelecimento de orçamentos, em função dos novos espaços territoriais, abrem maior possibilidade de desenvolver as localidades, numa conjugação permanente, entre iniciativas locais e outras de âmbito central, executadas pelos mais variados departamentos ministeriais.
“O Cuando Cubango já precisava da implementação efectiva de uma divisão. Agora que a lei foi aprovada, temos de elogiar a iniciativa do Grupo Parlamentar do MPLA, que remeteu o projecto à Assembleia Nacional, pois quem sai a ganhar com é o povo”, sublinhou.
Afirmou que a província era, até antes da aprovação da lei da DPA, a segunda maior do país, com uma extensão de, aproximadamente, 200 mil quilómetros quadrados e com distâncias muito longas, podendo levar dias de viagem no percurso de um município para o outro.
Por isso, entende que a lei vem dar solução às maiores preocupações dos cidadãos, que verão, a breve trecho, resolvidos os problemas que ainda se colocam com o reduzido número de infra-estruturas, como estradas, para o alcance de um maior desenvolvimento social e económico.
Ressaltou que a população terá vários benefícios quanto aos serviços essenciais, como educação, saúde, apoio social, entre outros, que são, em muitas regiões, reduzidos por conta das dificuldades de distâncias e falta de vias de acesso, tendo considerado legítima a advocacia e votação do seu partido a favor da referida lei.
“ Achamos que a defesa é legítima e continuaremos a defender para que a população tenham esses ganhos”, frisou.
Apontou, entre outras vantagens, a eliminação das assimetrias, dando as mesmas oportunidades e serviços à população, independentemente da sua localização geográfica ou territorial.
João Yambo Miguel afirmou que a geração de empregos e rendas, também, é uma mais-valia no quadro da DPA, principalmente, para atender a demanda das preocupações colocadas diariamente pelos cidadãos, com uma abrangência positiva nos sectores económicos, social e político.
Augurou o aumento de postos de trabalho no sector privado, sobretudo, com a exploração do sector do turismo, com vários investidores e turistas a visitar as localidades e a contribuírem para a geração da renda e diversificação das fontes de receitas económicas.
Exemplificou que, com o município de Mavinga, a se tornar na capital da província do Cuando, como previsto na lei, os seus habitantes verão voos a aterrar directamente na sua localidade, à semelhança do que acontece em Menongue, bem como o surgimento de hospitais de maior capacidade para o bem dos habitantes e não só.
A lei prevê a criação de mais três províncias (Icolo Bengo, Cuando e Moxico Leste), 326 municípios e 378 comunas.
Actualmente, com nove municípios, a província do Cuando Cubango, será desmembrada, dando lugar a uma nova província, do Cuando.
Desta forma a província do Cuando será constituída pelos municípios do Cuito Cuanavale, Mavinga (capital), Dirico, Rivungo, Luiana, Cutuilo, Dima e Luengue.
Por seu turno, a província do Cubango contará com os municípios de Menongue (capital), Cuchi, Cuangar, Nancova, Calai, Caiundo, Savate, Longa, Tchinguanja e Cutato. MSM/ALK/FF/ALH