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CIVICOP é dos maiores ganhos nos 23 anos de paz em Angola

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  •  • Quinta, 03 Abril de 2025 | 15h56
Dinis Eurico, presidente da IESA
Dinis Eurico, presidente da IESA
Belarmina Paulino - ANGOP

Lubango - O presidente da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA), pastor Dinis Marcolino Eurico, ressaltou hoje, quinta-feira, a criação da Comissão para Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP) como um dos maiores ganhos dos 23 anos de paz em Angola.

Para o responsável da segunda maior igreja evangélica de Angola, a seguir a IECA, a CIVICOP está a promover uma  sociedade  inclusiva e mais reconciliada.

É um orgão que foi criado em 2019, por orientação do Presidente da República, João Lourenço, com vista a elaborar um plano geral de homenagens às vítimas dos conflitos políticos que ocorreram em Angola, entre 11 de Novembro de 1975 a 04 de Abril de 2002.

Em entrevista à ANGOP, no âmbito  dos 23 anos de Paz e de Reconciliação Nacional (4 de Abril), o reverendo Dinis Eurico realçou que a iniciativa “foi um  passo  importante  para a cura das feridas do passado e promoção da consolidação e da paz no país”.

Sublinhou que no contexto da reconciliação nacional, “o acto de enterrar condignamente um ente-querido tem um grande valor para a família, tanto nos aspectos emocional, social  e espiritual, pois dá  dignidade e respeito”.

Para o pastor, é uma política que ajuda a concretizar o processo de luto e aceitação da perda, preservação da memória, justiça, reparação histórica e para as vítimas de conflitos políticos “é um passo essencial  para restaurar  a dignidade  e promover a paz”.

Saudou o Presidente João Lourenço pela "coragem e compromisso do Estado, com a justiça, com a verdade e com a Unidade Nacional", pois a guerra trouxe mágoas, dividiu famílias por opções políticas, mas a igreja  trabalhou e trabalha para a paz, para a reconciliação sem olhar  para a opção política.

“Estou  grato a Deus e ao Presidente Lourenço que publicamente veio  pedir desculpas e trazer   essa coisa de CIVICOP,  um movimento de reconciliação muito importante, porque  a guerra trouxe as pessoas muitas mágoas,  famílias divididas só porque um é da FNLA, o outro é da UNITA ou do MPLA , isso foi muito forte”, manifestou o pastor que dirige a igreja, que para além de Angola, está em outros 14 paíes.

O plano de reconciliação em memória às vítimas de conflitos políticos prevê, entre outras questões, a emissão  de certificados de óbito e a construção de um memorial único para todas as vítimas  dos conflitos registados no País.

O dia da Paz em Angola  é assinalado a quatro de Abril, marca a assinatura do memorando de entendimento em 2002, que pôs fim  a décadas de  conflitos armados internos.

Este dia é uma comemoração da paz e da reconciliação entre o MPLA e UNITA, principais partidos do país, a data foi instituída como  feriado nacional e  é uma referência histórica importante na luta do povo angolano pela dignidade e construção de uma sociedade próspera. BP/MS





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