Luanda - Os restos mortais do tenente general Fernando Ngueve Canjungo, morto durante o conflito armado, foi entregue hoje, em Luanda, à família, pela Comissão para Implantação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Político(CIVICOP).
Durante o acto formal da entrega das ossadas, após um minuto de silêncio, o general Fernando Miala colocou uma coroa de flores na urna e a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, fez a entrega do relatório forense e do boletim de óbito do malogrado à família.
Em declarações à imprensa Cornélio Caley, membro da coordenação do CIVICOP, disse que a entrega dos restos mortais do tenente general Fernando Ngueve Canjungo "é mais um passo dado, de tantos outros que ainda estão por se dados, de um projecto sério".
Com isso, a CIVICOP vai cumprindo com os objectivos para os quais foi criada.
Aproveitou a oportunidade para pedir às famílias para que procurem a comissão sempre que necessário ou possuam um assunto relacionado com as suas competências.
Informou que existe um número muito grande de famílias que já tiveram acesso ao restos mortais dos seus familiares, porém “o que acontece é que nem sempre a imprensa está presente, muitas vezes fazemos mesmo até no interior do país”.
Já o filho do malogrado, Crispiano Canjungo, referiu que “o que ficou nesse momento é apenas um grande vazio, e o mesmo estará sempre em seus corações, pelo facto de carregarmos connosco tudo o que nos assinou”.
Durante a cerimónia, a CIVICOP deu a conhecer que os trabalhos irão perseguir para a identificação de mais vítimas dos conflitos armados ocorridos no território nacional e apelou, mais uma vez, às famílias que perderam os seus entre queridos nos conflitos armados, para que doem as suas amostras biológicas, para que seja possível identificar o maior número possível de pessoas.
A CIVICOP foi criada em 2019, por orientação do Presidente da República, João Lourenço, com vista a elaborar um plano geral de homenagens às vítimas dos conflitos políticos que ocorrem em Angola entre 11 de Novembro de 1975 e 04 de Abril de 2002.
A comissão é composta por representantes de departamentos ministeriais, órgão de defesa e segurança do Estado, partidos políticos, sociedade civil e entidades religiosas. ECC/SC