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Pesca prematura reduz captura de peixe no Namibe

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  • Namibe • Quinta, 10 Abril de 2025 | 23h23

Tômbwa – A pesca prematura de cardume é apontada como uma das causas da redução da captura de pescado na província do Namibe, considerou, esta quinta-feira, nesta localidade, o governador provincial, Archer Mangueira.

Ao intervir no encontro com os operadores do segmento da pesca artesanal, o governante disse que a captura de peixes juvenis e muitos deles ainda em reprodução tem provocado a redução deste produto nos mares da província, colocando em risco a sua sustentabilidade.

Para tal, aconselhou os operadores a pautarem pelo cumprimento das regras de navegação marítima, tendo apelado o não licenciamento de operadores sem condições de segurança nas embarcações, para que se reduza os naufrágios.

“Alguns operadores estão a fazer uma pesca massiva de juvenis, por via da técnica de cerco com recurso as rapas, bem como com a utilização de fontes luminosas de candeio e geradores para atrair os cardumes, facto que está a dar cabo dos nossos recursos pesqueiros e pôr em causa o futuro desta actividade”, lamentou.

Defendeu a necessidade de se identificar os caminhos que podem fazer a pesca artesanal, um segmento responsável e que cumpra com os requisitos, como redes apropriadas, congelação e condições higiénicas.

Por outro lado, o director do gabinete provincial das Pescas e do Mar, Piedade Goanhe, apelou os armadores da pesca artesanal do Tômbwa a requalificarem as embarcações, de forma a aumentar a segurança do sector pesqueiro e cumprir as novas medidas de gestão.

Em declarações à imprensa, o responsável fez saber que os operadores do Tômbwa foram aconselhados a cumprir com o Decreto Presidencial 57/25, que proíbe a pesca de cerco por embarcações denominadas por rapas, por não ser uma arte convencional e representar perigo à biomassa.

O responsável explicou que a proibição deveu-se ao facto de os operadores das rapas, geralmente sem condições técnicas exigidas, exercerem a actividade em zonas de reprodução das espécies marinhas, dificultando a manutenção da biodiversidade.

“As embarcações de pesca artesanal para serem licenciadas têm que cumprir com regras de navegação marítima, devem apresentar convéns, alador e guincho e outros acessórios”, alertou.

Recomendou aos armadores a licenciarem as embarcações de forma a estarem habilitados a aderir as linhas de financiamento, sublinhando que o Governo está preocupado em melhorar e organizar a actividade.

Por outro lado, o responsável da associação de pesca artesanal do Tômbwa, Zeferino Canguma, avançou que os associados vão fazer esforço de cumprir com as regras, apesar dos transtornos que a medida provoca.

Já a peixeira Adélia Ndovala aproveitou a ocasião para encorajar os armadores a cumprirem com as regras das autoridades, porque muitas famílias dependem da venda do pescado.

O encontro de esclarecimento contou com a participação de armadores e empresários do sector pesqueiro, membros do Governo Provincial, da administração municipal e dos órgãos de defesa e segurança. VR/FA/QCB

 

 



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