Huambo – O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, manifestou, esta segunda-feira, sentimentos de pesar pelo falecimento do Papa Francisco, considerando-o uma figura de dimensão universal, cuja acção ultrapassou os limites da Igreja Católica.
Ao falar à imprensa, após apresentar condolências ao arcebispo do Huambo, Dom Zeferino Zeca Martins, o governante destacou o papel do Sumo Pontífice na promoção da paz, da harmonia entre os povos e da estabilidade das famílias, valores que considerava fundamentais para o desenvolvimento espiritual e social das nações.
Sublinhou que o Papa Francisco foi sempre um pastor atento às dores do mundo, defensor incansável da justiça social, da solidariedade, do diálogo inter-religioso e da dignidade humana
Acrescentou que a sua palavra e acção tocaram o coração de milhões, independentemente da confissão religiosa, pois sempre pautou por causas nobres em favor da humanidade.
Pereira Alfredo recordou, também, a colaboração sólida e permanente, entre o Estado e a Igreja Católica, reiterando a abertura das autoridades locais para com todas as iniciativas que visem o bem-estar espiritual e material da população.
“Hoje é um dia negro para a história. Como sabem a figura do Papa Francisco ultrapassa a figura da Igreja Católica simplesmente (…), pois em todo o planeta sempre foi visto como um pastor e, sobretudo, olhando pelas diversas cartas que publicou a favor da humanidade”, disse.
Disse ter se deslocado ao Arcebispado para prestar, pessoalmente, sentidos pêsames ao Arcebispo, na medida em que nem sempre as palavras conseguem traduzir o sentimento profundo de perda, pelo facto de a morte do Papa Francisco tocar a todos.
Reforçou a solidariedade institucional e fraterna do Governo da província do Huambo para com a Igreja Católica e todos os fiéis nesta hora de dor.
O Santo Padre morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, às guerras e à uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de Dezembro de 1936, o Papa Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Sumo Pontífice esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo recebido alta em 23 de Março.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, um dia antes de morrer. ALH