Luanda – As autoridades angolanas continuam comprometidas com a melhoria e humanização dos serviços de saúde para o bem-estar das populações, afirmou, este sábado, em Luanda, a ministra Sílvia Lutucuta.
A ministra, que falava à imprensa no final de uma visita do Presidente da República, João Lourenço, ao Hospital do Prenda para constatar o funcionamento e as obras em curso, elogiou o trabalho e empenho de muitos profissionais.
Apesar deste aspecto, segundo a ministra, também existem muitos que não prestam a devida atenção aos pacientes.
Daí que, acrescentou, uma série de acções têm sido desenvolvidas pelo ministério e as distintas unidades sanitárias, porque se quer profissionais de saúde fazendo parte de uma grande família de salva vidas e não o contrário.
Para a ministra Sílvia Lutucuta, a assistência médica é um acto de amor e compaixão e deve-se prestar muita atenção aos utentes, que muitas vezes já estão numa situação de grande vulnerabilidade quando se dirigem aos hospitais.
Entre as acções neste domínio, fez menção ao facto de o ministério continuar a apostar na formação, na criação do gabinete do utente, produção de uma circular sobre a tolerância zero às más práticas, entre outras medidas.
No entanto, disse também ser importante que a população seja educada, dirigindo-se às unidades sanitárias com respeito pelos profissionais e os equipamentos, uma vez que o corpo clínico de cada uma das unidades está exactamente ai para salvar vidas.
No que toca à visita do Presidente da República, Sílvia Lutucuta disse que os profissionais de saúde, em especial os do Hospital do Prenda, ficaram muito satisfeitos com a deslocação do Estadista à unidade sanitária.
Salientou que esta unidade, que hoje atende uma média de 700 utentes dia, desde a sua construção não contou com grandes intervenções de requalificação.
Com isso, explicou, a direcção do próprio hospital, por sua iniciativa e com pouco recursos, começou, de forma faseada, a dar tratamento a algumas das áreas prioritárias.
Nesta senda, “trouxemos o Presidente para constatar in loco a situação do Hospital e também transmitir orientações precisas sobre a mobilização de recursos necessários para a conclusão desta obra”.
Com 250 camas para internamento, a unidade presta assistência em domínios como traumatologia, cuidados intensivos, medicina interna, ortopedia, cirurgia geral, maxilo-facial, além de outros serviços, sendo igualmente uma grande escola para várias especialidades.
De acordo com a ministra, o Presidente João Lourenço “ficou bastante satisfeito com as iniciativas do próprio hospital, que resultaram já na reabilitação Bloco Operatório, que está praticamente concluído e equipado, na criação de uma nova área para os cuidados intensivos, a expansão da área de hemodiálise, hoje em funcionamento 24 horas ao dia, entre outras.
A ministra Sílvia Lutucuta deu ainda a conhecer que este será o primeiro hospital que terá uma enfermaria dedicada aos serviços de nefrologia, especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas com o rim.
No entanto, de acordo com a responsável da pasta da saúde, os desafios ainda são grandes, porque pretende-se uma reabilitação geral da unidade.
Em funcionamento desde 1974, esta unidade sanitária é uma das principais referência no país, sendo que no primeiro semestre do corrente ano teve um total de 72 mil e 951 pacientes assistidos. DC/VIC