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Iémen: Rebeldes alertam Emirados para consequências da escalada no país

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  • Luanda • Quarta, 12 Janeiro de 2022 | 18h51

Marib - Os rebeldes Huthis alertaram hoje (quarta-feira) os Emirados Árabes Unidos (EAU), membro da coligação que apoia o Governo iemenita, que sofrerão as "consequências" da sua escalada no Iémen, após os insurgentes terem perdido o controlo sobre uma província.

O porta-voz militar dos Huthis, Yahya Sarea, escreveu hoje na rede social Twitter que as suas forças estão "totalmente preparadas" para enfrentar a escalada "do inimigo", referindo-se aos Emirados, no país.

Esta é primeira reacção oficial do movimento rebelde após a sua derrota, há dois dias, na província de Shabwa (centro), face a tropas apoiadas pelos Emirados

Sarea alegou que os Emirados "devem arcar com as consequências da sua escalada" no país, acrescentando que durante a ofensiva de dez dias em Shabwa as suas tropas mataram "515 membros das Brigadas Gigantes", uma força salafista apoiada pelos EAU. Este número de mortos não foi confirmado por fontes independentes.

Sarea não admitiu a derrota em Shabwa, de onde os Huthis (apoiados pelo Irão) foram expulsos, após mais de uma semana de ofensiva das forças aliadas do Governo do Iémen, reconhecido internacionalmente.

No final de Dezembro, as forças da coligação internacional conduzida pela Arábia Saudita juntaram-se ao exército iemenita e a outros combatentes tribais pró-governo para expulsar os Huthis dos três distritos de Shabwa, que os rebeldes xiitas tinham conquistado em Outubro.

Essas tropas avançam agora na província de Marib, rica em petróleo, onde já conquistaram partes de um distrito.

Na terça-feira, a coligação árabe liderada pela Arábia Saudita anunciou uma ofensiva "em todas as frentes" no Iémen para capturar os territórios controlados pelos Huthis.

A guerra no Iémen, que começou no final de 2014 com a conquista pelos Huthis de grandes áreas do centro e oeste do país, incluindo a capital Sanaa, é considerada pela ONU como tendo provocado a maior tragédia humanitária do planeta, com 80% da população do país a necessitar de algum tipo de assistência humanitária.

 



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