Faixa de Gaza - Um responsável do grupo islamita palestiniano Hamas defendeu hoje que o "apoio cego" dos Estados Unidos a Israel "tem de acabar", em declarações à agência de notícias francesa AFP.
É num dia em que Donald Trump venceu as eleições presidenciais norte-americanas.
"Este apoio cego à entidade sionista tem de acabar porque é feito à custa do futuro do nosso povo e da segurança e estabilidade da região", disse o responsável do gabinete político do Hamas Bassem Naïm, citado pelo site Noticias ao Minuto.
Na terça-feira, Trump garantiu que, se estivesse na Casa Branca, teria usado os seus poderes de negociação para evitar inúmeras crises internacionais, incluindo o ataque surpresa do Hamas a Israel, em 07 de Outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas apanhando o sistema militar e de segurança israelita desprevenido.
Mais de 240 reféns foram feitos pelo Hamas e outros atacantes, dos quais cerca de 100 permanecem em Gaza, segundo Israel.
"A maioria destes reféns, infelizmente, penso que possivelmente desapareceram", afirmou Donald Trump, acrescentando que se fosse Presidente na altura, o ataque "nunca teria acontecido e todas aquelas pessoas estariam vivas".
Trump já reivindicou a vitória nas eleições, embora os resultados finais ainda não tenham sido confirmados.
Segundo projecções da comunicação social norte-americana, o candidato republicano está a três votos eleitorais dos 270 necessários para regressar à Casa Branca.
O ataque de Outubro de 2023 a Israel levou o Governo de Telavive a prometer aniquilar o movimento islamita, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
As investidas de Israel na Faixa de Gaza já mataram cerca de 43 mil pessoas e forçaram quase dois milhões de pessoas a fugir de casa. CQ/GAR