Caxito – Angola está a fomentar a cultura de cacau, com a multiplicação de sementes híbridas para lançá-las ao solo em várias regiões do pais com boas condições climáticas e de terreno.
Em declarações à imprensa no final de uma visita ao viveiro central do Instituto Nacional do Café (INCA), na província do Bengo, o ministro da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, ressaltou que o cacau é uma cultura actualmente com uma cotação muito boa no mercado internacional.
“Visitamos o viveiro central do INCA, aqui no Bengo e estamos muito satisfeitos com o que vimos e precisamos agora sair do viveiro e ir ao encontro das famílias produtoras para que façam uma boa utilização destas plantas”, disse o ministro.
Avançou que no âmbito de um acordo com o Ministério da Agricultura de São Tomé e Princípe, técnicos angolanos foram formados nesse país africano, com grande experiência na cultura do cacau, e agora estão a trabalhar no processo de multiplicação das plantas aqui em Angola.
Explicou que estão a trabalhar com sementes hibridas e em dois anos e meio será possível ter os primeiros frutos.
“De igual forma, temos palmar hibrido, com plantas que trouxemos da Côte d´Ivoire multiplicadas aqui. Estão com resultados excelentes e também vamos colocá-las no chão, nesse período que está a chover”, referiu.
O director-geral do INCA, Vasco Gonçalves, explicou que o viveiro do Bengo tem mais de cem mil mudas de cacau, das quais 43 mil são importadas de São Tomé e Príncipe e cerca de 57 mil são de produção nacional, oriundas de Cabinda, Zaire e Nambuangongo.
A nível nacional, a produção cifra-se em 250 toneladas de cacau por ano, das quais 200 toneladas são produzidas pela província de Cabinda, uma quantidade irrisória, na opinião de Vasco Gonçalves.
Dessa produção, em 2023, foram exportadas apenas 36 toneladas de cacau para a Turquia.
Com o nível de plantação das mudas que estamos a distribuir, e o interesse que se tem demonstrado pela cultura no país, acreditamos que em pouco tempo vamos chegar a duas, três mil toneladas de cacau a nível nacional, mas só ficaremos satisfeitos quando atingirmos as 200 mil toneladas, disse o director-geral do INCA.CJ/PA