San Juan - O furacão Fiona ganhou força e transformou-se hoje numa tempestade de categoria 4, após devastar Porto Rico, República Dominicana e ilhas Turks e Caicos, devendo alcançar a Bermuda nos próximos dias, informou hoje a Lusa.
A tempestade já foi responsabilizada directamente pela morte de quatro pessoas na sua passagem pelo Caribe, onde os ventos ciclónicos e chuvas torrenciais em Porto Rico deixaram a maioria das pessoas naquele território dos EUA sem energia eléctrica ou água potável.
Centenas de milhares de pessoas retiram lama das suas casas, após as cheias e deslizamentos de terras que as autoridades descreveram como "históricas".
Ao final do dia de terça-feira, as autoridades disseram que tinham restabelecido o fornecimento de energia para mais de 380.000 dos 1,47 milhões de clientes.
O serviço de fornecimento de água canalizada foi inicialmente interrompido para a maioria das pessoas devido à falta de energia, mas o serviço estava restabelecido para cerca de 60% dos clientes na manhã de hoje.
Entretanto, o Serviço Nacional de Meteorologia de San Juan emitiu um aviso de calor para várias cidades porque a grande maioria das pessoas na ilha, com 3,2 milhões de habitantes, continuam sem energia.
Nas ilhas Turks e Caicos, as autoridades relatam danos mínimos e nenhuma morte, apesar do olho do furacão ter passado perto de Grand Turk, a pequena capital do território britânico, na manhã de terça-feira.
O Governo impôs um recolher obrigatório e instou as pessoas a afastarem-se de zonas propensas a inundações.
O Centro Nacional de Furacões (NHC) informou que o Fiona teve hoje ventos de 215 quilómetros por hora e situava-se a cerca 1.090 quilómetros a sudoeste da Bermuda, dirigindo-se para norte a uma velocidade de oito quilómetros por hora.
Deve alcançar a Bermuda no final do dia de hoje ou na sexta-feira e, depois, as províncias atlânticas do Canadá no final de sexta-feira.
A tempestade matou um homem em Guadalupe, outro em Porto Rico, arrastado pelas cheias, e duas pessoas na República Dominicana, atingidas pela queda de uma árvore e de um poste eléctrico.
Duas mortes adicionais foram reportadas em Porto Rico como consequência do apagão: um homem de 70 anos morreu queimado ao tentar abastecer com gasolina o seu gerador em funcionamento e um outro, de 78 anos, inalou gases tóxicos emitidos pelo gerador, de acordo com a polícia local.