Jerusalém - O exército israelita lançou hoje ataques aéreos contra o Líbano, aumentando o receio de uma escalada entre os dois países, após meses de trocas de tiros diárias no contexto da guerra na Faixa de Gaza.
O exército não avançou mais pormenores nesta fase sobre os ataques, que surgiram depois de um foguete disparado do Líbano ter ferido hoje várias pessoas no norte de Israel, segundo fontes médicas israelitas.
Desde o dia seguinte ao sangrento ataque do Hamas contra Israel, a 7 de Outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, o movimento xiita libanês Hezbollah tem como alvo posições militares israelitas na fronteira, em apoio ao movimento islamita palestiniano, seu aliado.
Israel, por seu lado, bombardeia regularmente o sul do Líbano e efectua ataques dirigidos contra oficiais do Hezbollah.
O exército não forneceu mais pormenores nesta fase sobre os ataques, enquanto os meios de comunicação libaneses informaram que três aldeias, Adchit, Sawaneh e Chehabiyeh, tinham sido atingidas.
Os ataques ocorreram depois de um foguete disparado do Líbano ter ferido hoje várias pessoas no norte de Israel, de acordo com fontes médicas israelitas. Segundo os serviços de emergência Magen David Adom, sete pessoas ficaram feridas, incluindo cinco na cidade de Safed.
Um fotógrafo da agência noticiosa France-Presse (AFP) viu médicos e soldados a transportar num helicóptero militar um ferido do hospital de Safed para outra unidade médica.
O Hezbollah pró-iraniano ainda não reivindicou a responsabilidade pelo ataque com mísseis.
A violência entre o exército israelita e o Hezbollah provocou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
Terça-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que "quando a agressão em Gaza parar e houver um cessar-fogo, o tiroteio também vai parar no sul do Líbano".
"Se eles alargarem o confronto, nós também o faremos", declarou Hassan Nasrallah, em resposta às repetidas ameaças dos responsáveis israelitas de lançar uma guerra contra o Líbano.
Em mais de quatro meses, pelo menos 243 pessoas, incluindo 175 combatentes do Hezbollah e 30 civis, foram mortas no sul do Líbano, segundo uma contagem da AFP.
Do lado israelita, 15 pessoas foram mortas, incluindo nove soldados e seis civis, de acordo com o exército. JM