Estrasburgo - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou hoje que vai propor, em 2022, "uma lei sobre a liberdade dos meios de comunicação social", com o objectivo de garantir a "protecção", "liberdade" e "independência" dos jornalistas.
"No próximo ano, apresentaremos uma lei sobre a liberdade dos meios de comunicação social. Quando defendemos a liberdade dos nossos meios de comunicação social, estamos também a defender a democracia", indicou Ursula von der Leyen.
A presidente da Comissão Europeia falava no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no discurso do Estado da União, onde fez o balanço deste ano e projectou as prioridades para 2022.
Afirmando que "há jornalistas, homens e mulheres, que são atacados pelo simples facto de fazerem o seu trabalho", a presidente da Comissão Europeia relembrou os assassínios da jornalista maltesa Daphné Caruana Galizia, do jornalista eslovaco Jan Kuciak e, em Julho deste ano, do holandês Peter de Vries.
"As suas histórias podem ter pequenas diferenças. Mas há algo que têm em comum: todos eles lutaram pelo nosso direito à informação e morreram por defenderem esse direito", salientou Von der Leyen.
A presidente do executivo comunitário considerou assim que a "informação é um bem público" e que é necessário "defender os defensores da transparência, as mulheres e os homens jornalistas".
"Devemos travar todos aqueles que ameaçam a liberdade dos meios de comunicação social. Os meios de comunicação social não são uma empresa qualquer e a sua independência é fundamental. É por isso que a Europa precisa de uma lei que garanta essa independência", apontou a presidente do executivo comunitário.