Luanda – Dois anos depois da última edição do Programa Muzongue da Tradição, por conta da Covid-19, o Centro Cultural e Recreativo Kilamba abre, a 3 de Abril, as portas ao público com os artistas Lulas da Paixão, Patrícia Faria e Robertinho.
Sob o acompanhamento instrumental da Banda Movimento, os artistas em referência terão a “dura missão” de abrir as portas do espaço aos utentes que há muito esperavam pelo retorno das actividades culturais.
A propósito, o gestor da casa, Estêvão Costa, avançou à ANGOP que se trata de uma edição especial a ser marcada pelas comemorações do 4 de Abril, Dia da Paz, e pelo retorno normal da programa mensal.
Para este programa, adiantou, os artistas convidados vão passar em revista todo o seu reportório, como forma de garantir que o público possa reviver alguns dos momentos da música angolana.
“É a melhor maneira de retornarmos a programação normal da casa. Estamos a preparar um show à altura da casa e dos nossos exigentes utentes”, reforçou.
Historial dos artistas convidados
Patrícia Faria
É uma cantora e radialista angolana que começou a carreira como integrante do grupo Gingas do Maculusso. Deixou o conjunto para seguir carreira solo, e no ano de 2003, lançou o seu primeiro disco, Emé Kia, com repertório basicamente de sembas mas também com toques de kizomba e soul.
Em 2009, lançou o seu segundo álbum “Baza Baza”.
Robertinho
Autor de temas como “Desespero”, “Kakinhento”, Robertinho, natural de Malanje, começou a cantar aos 18 anos, no bairro Marçal, em Luanda, tendo integrado o grupo Ébanos, como músico e cantor de apoio.
Lulas da Paixão
O cantor e compositor que, ao longo de cinco décadas sempre se assumiu como defensor do semba cantado em qimbundo e que no espectáculo de hoje apresenta, entre outros temas, “Kamaka”, “Garan”, “Kalumba Eva”, “Nguami Maka”, “Ixi Ya Muangana”, “Madia” e “Menina Wemita” dos álbuns “Histórias”, 2006, e “Kuabite Muvu”, 2013.
O “Muzongué da Tradição” teve início em Fevereiro de 2007, e visa promover, divulgar e valorizar a música angolana produzida nas décadas de 60, 70 e 80.
A iniciativa faz parte da grelha de programas do Cen-tro Recreativo e Cultural Ki-lamba, ex-Centro Cultural Maria Escrequenha.