Lubango – A produção de peças artesanais no Lubango, província da Huíla, caiu de uma média de 60 para 20/mês, devido à fraca procura e dificuldades de acesso á matéria-prima.
Em declarações hoje, quinta-feira, à ANGOP, o responsável da loja de artesanato da Huíla, Kinavuidi Mbuta, sublinhou que desde 2020, altura em que se registou a covid-19, que as vendas dos objectos baixaram significativamente.
Fez saber que os principais compradores têm sido os portugueses, chineses, namibianos, sul-africanos e brasileiros, que adquirem maioritariamente peças como as mulheres mumuila e mucubal, bem como missangas, pensadores, máscaras, estátua do Cristo Rei, quadros e elefantes, cujos preços vão de dois mil a 350 mil kwanzas.
O responsável acredita que a entrada ultimamente de turistas nacionais e estrangeiros a cidade do Lubango, por conta das Festas da Nossa do Monte, as vendas possam aumentar.
Em relação a aquisição de matéria-prima, afirmou que tem se conseguido, além do Lubango, nas províncias do Zaire, Cabinda, Luanda e Cuanza Sul, nomeadamente, a cinza, madeira preta e a castanha, que também vem escasseando.
Manifestou-se, igualmente, preocupação com a falta de apoio e oportunidades aos artistas huilano nos créditos de financiamento para o crescimento e/ou promoção do artesanato, bem como incentivar os jovens a enveredar no mundo da produção do ramo.
Sobre loja que dirige, a única do género na cidade, Kinavuidi Mbuta, apontou a necessidade de a Administração Municipal incentivar a criação de outros pontos fixos ou móveis, como forma de expandir a divulgação da arte.
O artesanato é reconhecido em áreas como a de bijuterias, bordados, cerâmica, vidro, gesso, mosaicos, pinturas, velas, sabonetes, saches, caixas variadas, reciclagem, patchwork, metais, brinquedos, arranjos, apliques, além de várias técnicas distintas utilizadas para a fabricação de peças. JT/MS