Menongue - O director do gabinete da educação na província do Cuando Cubango, Inácio José Samba, convidou, nesta quarta-feira, o envolvimento dos actores sociais na luta contra a vandalização das escolas, por constituir um crime que impede a formação do homem.
Ao falar à imprensa, no quadro dos preparativos do ano lectivo 2023/2024, cuja abertura está prevista para dois de Setembro, Inácio José Samba afirmou que a situação da vandalização de escolas “é preocupante”, sendo que só no município de Menongue, seis foram afectadas.
Trata-se de quatro do ensino primário e primeiro ciclo e duas do ensino secundário que viram as suas portas e janelas arrombadas e roubados computadores, outros meios electrónicos, carteiras, manuais de apoio dos professores, entre outros.
Informou que a situação já foi apresentada ao governo da província e autoridades policiais para as soluções mais adequadas, de maneiras a inverter o quadro de segurança pública nas escolas, para o ano lectivo que se avizinha, 2024/2025.
“Todos devem ser vigilantes, promotores na divulgação do não vandalismo nas escolas, porque a escola é um bem público e está ao serviço da comunidade para assegurar o futuro do país”, reiterou o responsável, que apelou para uma maior cultura de denúncia perante casos comprovados ou suspeitos de vandalização.
Por outro lado, avançou que ainda decorre o processo de matrículas, com um total de 181 mil 920 alunos já confirmados, dos quais 89 mil 447 são do sexo feminino, numa altura em que alguns institutos como o Médio de Saúde, Agrário, Ambiente e Magistério Mwene Vunongue, Politécnico de Administração e Gestão preparam-se para aplicar os testes de admissão.
O gestor deu a conhecer que, para o ano lectivo 2024/2025, estão preparados, até ao momento, 186 escolas, num universo de mil 854 salas de aulas, desde o ensino primário, primeiro e segundo ciclo, escolas de formação de professores e ensino técnico profissional.
Afirmou haver uma estimativa de mais de 70 mil crianças fora do sistema do ensino, embora o governo esteja a trabalhar na construção de mais escolas para minimizar a situação, bem como mantido uma estreita cooperação com as igrejas que disponibilizam capelas e alpendres onde os alunos assistem às aulas.
No ano lectivo 2023/2024 foram matriculados 169 mil 638 alunos, em todos os subsistemas do ensino. MSM/ALK/FF/MS