Huambo - As instituições financeiras focalizaram, nos últimos cinco anos, na província do Huambo, os seus apoios às iniciativas agro-pecuárias, incluindo o comércio, transportes, escoamentos e conservação dos produtos, com foco na diversificação da economia.
O facto foi manifestado no Workshop sobre as Medidas de Estímulo à Economia, promovido pelo Governo local, na perspectiva do alargamento das opções de créditos, para a dinamização dos programas sociais e económicos.
Trata-se do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e do Fundo de Garantia de Crédito (FGC).
As mesmas estão envolvidas no financiamento voltado para a dinamização da economia, tanto executados por produtores individuais, como das cooperativas e associações.
Na ocasião, o director de Organização e Avaliação de Projectos do BDA, Alcides Santana, disse que a instituição financeira está engajada no apoio aos projectos agro-pecuários, da indústria transformadora e serviços sociais, para elevar a produtividade.
Referiu que a unidade bancária, aberta para o financiamento de pequenas e médias empresas, define uma taxa de juro que varia entre 10, 54 e 7,5 por cento/ano.
Lembrou que para a província do Huambo foram já aprovados uma carteira de 111 projectos sociais e económicos, reforçados com um valor financeiro estimado em 22 mil milhões de Kwanzas.
O informou que 102 credores violaram os acordos estabelecidos no contrato de reembolsos, situação que deixou um saldo irregular fixado na ordem dos 3,3 mil milhões de Kwanzas.
O administrador executivo do FADA, Saidy Fernando, disse que a instituição está interessada em financiar as cooperativas com caixas comunitárias, para o reforço da agricultura familiar, bem como o fomento da produção do café, algodão e cacau.
Acrescentou que a pretensão visa, acima de tudo, estimular a exportação e os projectos pecuários, com o envolvimento dos jovens na diversificação da economia.
O representante do PDAC na província do Huambo, Hélio Tiago, disse que foram financiados 14 jovens envolvidos na produção agrícola e comércio, numa altura em necessitam abranger maior número de beneficiários, para a diversificação da economia e a segurança alimentar.
O chefe de departamento de Gestão e Acompanhamento de Projectos do FACRA, José Paulo, manifestou o desejo da instituição em apoiar as micro, pequenas e médias empresas, para o fomento da empregabilidade e contribuir no aumento da produção.
Por seu turno, a directora de Comércio do FGC, Marcia José, realçou que a instituição financeira concentrou a sua linha de apoio às famílias camponesas, por ser o motor económico responsável de toda produção essencial e necessária para assegurar a cesta básica no país.
Apontou que os sectores da agricultura, pecuária, pesca e turismo estão, também, nos programas prioritários, para a sustentabilidade da economia e a consolidação da segurança alimentar nas comunidades.
O workshop ficou marcado com a abordagem sobre os benefícios fiscais e aduaneiros, o cadastro de contribuinte onde participaram gestores públicos, académicos, empresários, presidentes de cooperativas e associações agropecuárias.
O evento serviu para mostrar as opções certas de financiamento para os operadores económicos da província do Huambo, numa intenção de sustentar os programas relacionados com a segurança alimentar local. LT/ALH