Luanda- Setecentas e 20 mil acções da ENSA - Seguros de Angola foram admitidas, esta quarta-feira, à negociação na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), na sequência da conclusão da oferta pública de venda de 30 por cento do capital social da seguradora.
Com isto, a ENSA torna-se na terceira empresa quotada no mercado de bolsa de acções, depois dos bancos Angolano de Investimento (BAI) e Caixa Geral Angola (BCGA).
A sessão de admissão à negociação das acções da seguradora foi orientada pelo secretário de Estado para Finanças e Tesouro, Otoniel dos Santos, que, na ocasião, fez saber que a oferta pública de venda da seguradora surge depois da tentativa falhada da venda da empresa por concurso público.
Reafirmou o propósito do Executivo angolano de continuar a promover reformas no sector empresarial público, no âmbito do processo de privatização em curso no país, criando oportunidades concorrenciais para os investidores, rumo à melhoria do ambiente de negócio em Angola.
Segundo o governante, a colocação de empresas na bolsa é uma forma de permitir que o Estado diminua a sua participação enquanto agente económico e de fortalecer o papel do mercado de capitais angolano, mediante a promoção de alternativas de investimentos.
Otoniel dos Santos desafiou as seguradoras angolanas a apostar cada vez mais na penetração de seguro face ao PIB (Produto Interno Bruto), com vista a garantir segurança dos bens e das pessoas, em prol de uma economia resiliente.
Entretanto, lembrou que o Estado já arrecadou, até ao momento, mais de 70 mil milhões com processos de privatizações.
Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva da BODIVA, Walter Pacheco, sublinhou que, num contexto económico global desafiante, a admissão da ENSA na BODIVA representa um marco, pois transmite a mensagem de que é possível mobilizar poupanças para os investimentos por via do mercado de capitais.
Já Mário Lemos, presidente da Comissão Executiva da ENSA, disse que a entrada da empresa na BODIVA simboliza não só uma nova etapa na história da seguradora, mas também o reforço do compromisso do país com o desenvolvimento económico sustentável do país e transparência dos processos de privatizações.
De recordar que o Estado angolano arrecadou oito mil milhões, 973 milhões e 665 mil kwanzas com a privatização das 720 mil acções da ENSA, representando 30 por cento do capital social da empresa.
A procura pelas acções teve um rácio sobre a oferta de 174,51%, tendo sido validados ordens de 1.115 investidores. ACC/VC