Luanda – Com data indefinida para o 46º Campeonato Nacional de futebol “Girabola2023-24”, inicialmente agendado para dia 15, a alternativa tem sido a disputa de jogos amistosos.
No fim-de-semana as províncias de Luanda, Huila e Benguela serão palco de confrontos, sendo que o Desportivo da Huíla recebe no sábado o campeão nacional, Petro de Luanda, a partir das 15 horas, no estádio Tundavala.
O desafio servirá de apresentação da equipa huilana, 10ª classificada da edição anterior da maior competição nacional de Angola.
Em dupla missão fora da capital do país, no domigo, o Petro de Luanda defronta, em Benguela, o Wiliete local. Esta última formação, quarta colocada da anterior prova, é considerada revelação enquanto “pioneira” no Girabola.
O duelo, a decorrer no estádio de Ombaka, inicia às 16 horas.
Enquanto às formações de Benguela e da Huíla preparam o início da época, os "tricolores" ensaiam o jogo de resposta da eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões frente ao União Desportiva de Songo de Moçambique.
Na primeira mão, o representante angolano venceu em solo moçambicano, por 2-1.
Já o 1.º de Agosto, vice-campeão nacional, diminui o tempo ócio defrontando o Kabuscorp do Palanca, equipa que assinala o regresso à competição nacional após ter disputado o Campeonato Nacional da segunda divisão “Segundona”.
Na apresentação do seu plantel, dia nove deste mês, o 1.º de Agosto goleou o Kimbacon do município do Cazenga, por 5-1.
A equipa "militar" empatou, domingo passado, a zero bolas, com o Al-Hilal do Sudão, no Estádio Tundavala (Huíla), em jogo da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos.
A época 2023-24 devia abrir no último dia três com o jogo Petro de Luanda- Académica do Lobito, para a Supertaça, enquanto o Girabola iniciaria doze dias depois (15).
Nem uma e nem outra situação se concretizou devido a uma directiva do Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol (FAF) que punia o Petro, Académica do Lobito, Kabuscorp do Palanca e 1.º de Agosto na sequência de um caso alegadamente de corrupção.
Apesar da dispenalização temporária, por conta de um recurso dos visados ao Conselho Juridiscional do órgão reitor do futebol nacional, recorda-se que o Petro rebate uma pena de dois anos de suspensão da sua equipa principal de futebol.
O Kabuscorp do Palanca e a Académica do Lobito recorrem a uma pena de descida de divisão, enquanto o 1.º de Agosto pagou uma multa em UCF (valor da Unidade de Correcção Fiscal) convertida em kwanza.
O embróglio, tido como o primeiro grande caso, de facto, de corrupção no futebol nacional, despoletou com o vazamento de um áudio em que o treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, comentava uma tripla negociação.
Dizia no áudio que recebeu valores em kwanzas do Petro de Luanda e do Kabuscorp do Palanca para falsear resultados e que terá negado uma tentativa do 1.º de Agosto para o mesmo efeito. WR/MC