Lubango – O município dos Gambos tornou-se no terceiro da Huíla a abraçar o projecto de instalação de ecopontos em algumas zonas da vila, a seguir ao Lubango e a Humpata.
O ecoponto é um conjunto de três contentores de cores diferentes para a entrega de materiais conforme a cor, normalmente representados pelo amarelo para as embalagens de plástico e metal, o azul para o papel, cartão, jornais, revistas e papel, assim como o verde para as embalagens de vidro.
Na Huíla, embora apenas três administrações municipais tenham se adiantado na implementação da estratégia, pelas mãos do Gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários a acção está presente em todas 14 edilidades, através de parceria com escolas primárias seleccionadas.
Em entrevista hoje, quarta-feira, à ANGOP, a directora do referido Gabinete, Tânia Dias dos Santos, afirmou que o objectivo é sensibilizar os cidadãos para a importância da reciclagem dos resíduos e para a sua entrega, de forma correcta, nos ecopontos.
Afirmou serem estruturas que fazem parte dos sistemas de gestão de resíduos, na componente segregação, visando essencialmente recolher o lixo de forma separada, mediante vários recipientes.
A aposta do Governo da Huíla, segundo a fonte, surge da necessidade de agregar valor, pois o material não será misturado, mantendo as propriedades físicas e químicas, para que seja reciclado e ajude a alimentar a economia circulante.
“Temos o programa em vias de expansão, mediante uma componente forte de educação ambiental, para permitir que os objectivos sejam alcançados e as pessoas os usem de forma a segregar e não como um contentor comum”, afirmou.
Tânia dos Santos sublinhou que o Gabinete trabalha, essencialmente, com escolas, comprometendo-as a implementarem a estratégia, após uma formação, pois a principal dificuldade nesse processo é que os ecopontos estão a ser confundidos com depósitos normais de resíduos, o que acaba criando acúmulos de lixo.
“Vamos trabalhar bastante na educação ambiental, por isso a estratégia passa por colocá-los em escolas e em instituição, não precisamente nas ruas”, assinalou.
Um outro factor inibidor, conforme a directora, é o reduzido número de empresas dispostas a adquirir os resíduos colhidos, dado que não Huíla somente duas empresas absorvem o material em plástico, mas não existem para o papel, cartão ou vidro. MS