Uíge - Os pescadores artesanais da província do Uíge carecem de financiamento e de meios (anzóis, redes, embarcações e coletes salva-vidas), para o aumento da captura de pescado nessa região do país.
As 47 associações artesanais e oito cooperativas de pesca da região capturam, desde Janeiro até ao mês Maio deste ano, 61 mil 586 quilogramas de peixe, dobrando a quantidade conseguida no mesmo período do ano de 2022.
Em declarações à ANGOP, nesta sexta-feira, o chefe de Departamento das Pescas no Uíge, José Kupessa, explicou que o aumento de anzóis, redes, embarcações, bóias e coletes salva vidas poderia triplicar ou quadruplicar a captura de peixe na região.
Informou que os pescadores artesanais da província do Uíge não recebem equipamentos de pesca desde o ano de 2016.
O responsável apontou os municípios de Quimbele, Milunga, Bembe, Ambuila, Quitexe, Songo, Maquela do Zombo, Damba e Puri como as localidades onde se pratica a pesca artesanal.
Quanto à aquicultura, José Kupessa disse que, nos últimos cinco meses, os produtores locais capturaram 59 mil 787 quilogramas de tilápia, nos 359 projectos aquícolas existentes na província.
Para o aumento da produção de tilápia, José Kupessa defendeu a necessidade de instalação, na província do Uíge, de um centro de alevinagem e de uma fábrica de ração, visando a redução dos custos com a produção pelos produtores.
Lembrou que, nos últimos anos, apenas dois produtores na região beneficiaram de financiamento para desenvolver a actividade. NM/JAR