Malanje- Duzentos e 22 técnicos, entre licenciados, mestres e doutores do ramo agrário, são necessários para reforçar o quadro do Instituto de Investigação Agronómica (IIA), com vista a suprir o défice no domínio da pesquisa, e aumentar a produção no país.
A informação foi prestada hoje, quarta-feira, pelo director-geral do IIA, João Ferreira da Costa, durante o encerramento do XVII Conselho Científico do referido instituto, tendo referido que a instituição conta apenas com 21 doutores, 17 mestres e 40 licenciados.
Em face disso, precisou que a solução tem sido o enquadramento de novos técnicos nos distintos projectos do sector e conciliar o binómio recursos escassos/eficácia no trabalho, para a dinamização da agricultura e inversão do ciclo de importação de alimentos.
Reiterou a necessidade de combinação da investigação e extensão, de modo a se disseminar a produção de sementes de qualidade, melhoria da análise de solos e adubação, rumo ao aumento da produtividade por hectare, aspecto que considerou ser o grande problema da agricultura no país.
Segundo o responsável, outro factor importante para o aumento da produtividade por hectare prende-se com a utilização de sementes híbridas.
Lembrou estarem em cursos oito projectos de investigação de culturas de base, com enfoque para a mandioca, levado a cabo pelo Programa de Produtividade Agrícola para a África Austral (APPSA), cujos trabalhos de campo já iniciaram e incidem, sobretudo, na reconversão varietal, para travar a penúria alimentar nas comunidades.
A par destes, realçou os avanços que têm sido dados nos projectos de Desenvolvimento da Agricultura e Comercialização (SAMAP) e de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), em prol do aumento dos níveis de produção e diversificação económica.
Apesar disso, reconheceu haver preocupante défice de cereais, com realce para 3 milhões de toneladas de milho, o que é preciso inverter, tendo em conta a importância desta cultura na base alimentar humana e animal.
O 28º Conselho Científico do Instituto de Investigação Agronómica teve duração de três dias e nele foram abordados temas atinentes à investigação no ramo agrícola bem como avaliados os projectos de Produtividade Agrícola para África Austral (APPSA), PDAC, SAMAP.
Participaram no evento, técnicos agrícolas e investigadores das 18 províncias do país.