Luanda – O alerta do Programa das Nações Unidas para o VIH/SIDA (ONUSIDA) sobre o eminente risco da propagação da mais recente variante da Varíola dos Macacos no continente africano, especialmente nas comunidades mais vulneráveis, constituiu matéria de capa no noticiário africano da ANGOP na semana que hoje, sábado, termina.
Segundo a directora executiva adjunta do ONUSIDA, Angeli Achrekar, o vírus da Varíola dos Macacos está a ter um impacto devastador nas comunidades africanas, especialmente nas mais vulneráveis.
"A Varíola dos Macacos não é Covid (...) Com base no que sabemos, a Varíola dos Macacos é transmitido principalmente através do contacto, incluindo durante as relações sexuais", disse Angeli Achrekar.
Entretanto, para tentar conter o surto da Varíola dos Macacos, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu 18,5 milhões de dólares (1 dólar equivale a Kz 900,50) para assistência médica na África Oriental e Austral.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphen Dujarric, disse, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, que os fundos serão utilizados para serviços de saúde essenciais para migrantes, pessoas deslocadas internamente e comunidades de acolhimento em risco de infecção na África Oriental e Austral.
Outro assunto destacado no período em análise, foi a morte de pelo menos 114 pessoas e o ferimento de outras 281 em consequência das chuvas torrenciais que assolam o Sudão há dois meses.
De acordo com a informação do Ministério da Saúde sudanês, 27 mil 278 famílias - o que representa cerca de 110 mil 278 pessoas - foram afectadas pelas chuvas torrenciais sazonais em 47 localidades de 10 estados.
Na semana prestes a findar, a ANGOP destacou também o anúncio feito pelo embaixador europeu em Maputo, Antonino Maggiore, do envio de 130 observadores para as eleições gerais de Outubro em Moçambique.
"Estamos a falar de cerca de 130 observadores", declarou Antonino Maggiore à comunicação social, à margem de um evento da Missão de Treino da União Europeia na Escola de Fuzileiros na Catembe.
Mereceu igualmente realce no período de 18 a 24, a notícia que dá conta da libertação de cerca de 60 menores com o apoio da ONU, após terem sido recrutadas por grupos armados no sudeste da República Democrática do Congo (RDC).
Segundo uma fonte local da sociedade civil, os menores, com idades entre sete e 17 anos, tinham sido raptados por vários grupos rebeldes na província de Tanganica e foram libertados graças às operações do Programa de Desarmamento, Desmobilização, Reabilitação Comunitária e Estabilização (PDDRC-S), um projecto do governo democrático-congolês apoiado pela missão de manutenção da paz da ONU no país (Monusco). CQ/JM