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Resenha Africana da Semana

     África              
  • Luanda • Sábado, 20 Julho de 2024 | 09h20
Mapa de África
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Divulgação

Luanda - A reeleição do Presidente do Rwanda, Paul Kagamé, para um quarto mandato com 99,18% dos votos, segundo os resultados provisórios anunciados pela comissão eleitoral, constituiu, dentre outros, o assunto de destaque do noticiário africano na semana que hoje finda.

Os únicos candidatos da oposição autorizados a participar nas eleições deste ano, Frank Habineza e Philippe Mpayimana, receberam até agora 0,53% e 0,32% dos votos, respectivamente.

No poder desde 2000, Kagame assegura assim o seu quarto mandato como Presidente da República. Nas eleições anteriores de 2017, Kagame tinha alcançado 99,79% dos votos.

Logo após o anúncio dos resultados parciais, Kagame agradeceu aos rwandeses num discurso realizado na sede da Frente Patriótica Rwandesa (RPF), partido no poder.

Um outro assunto destacado nos  últimos sete dias foi a atribuição de  200 milhões de doses  para imunizar as crianças que não receberam vacinas durante a pandemia da covid-19, especialmente em África e na Ásia,  numa doação da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), juntamente com as agências da ONU.

A distribuição faz parte da estratégia denominada 'Great Catch-Up', lançada em Abril de 2023 pela GAVI, a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) "para compensar o que se perdeu desde a crise sanitária que começou em 2020", referiu a instituição em comunicado.

Entretanto, em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) reuniu o seu Comité Central, o principal órgão entre congressos, para aprovar o manifesto eleitoral do partido às eleições gerais de 09 de Outubro.

O documento foi aprovado em 16 de Julho pela comissão política, em Maputo, na 30.ª reunião ordinária daquele órgão, presidida pelo presidente do partido e chefe de Estado, Filipe Nyusi.

Por outro lado, o Presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) e chefe de Estado, Filipe Nyusi, defendeu  uma governação a favor dos pobres, com acções de desenvolvimento sustentável, inclusivo e exequível.

"Que as camadas mais desfavorecidas sintam que ninguém será deixado para trás", afirmou Nyusi, falando no discurso de abertura da II sessão extraordinária do Comité Central da Frelimo,  para aprovar o manifesto do partido no poder para as eleições gerais de 09 de Outubro.
 

Nyusi defendeu que o documento deve centrar-se num desenvolvimento sustentável e inclusivo, através de um programa realista e exequível, e "responder às expectativas" do povo, sendo importante ter uma "compreensão profunda da situação e expectativas da população".

Moçambique vai realizar em 09 de Outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.

Também durante a semana finda foi confirmado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que  mais de 10 milhões de sudaneses foram deslocados desde o início do conflito no país, tendo considerado o número como mais um marco sombrio das hostilidades.

O número significa que um quinto da população foi forçada a abandonar as suas casas, após 15 meses de guerra entre as Forças Armadas Sudanesas e os seus rivais, as Forças de Apoio Rápido, escreveu a Prensa Latina.

De acordo com os números da agência, quase oito milhões de deslocados permanecem dentro das fronteiras nacionais, enquanto mais de metade são crianças. Outros dois milhões foram forçados a atravessar para países vizinhos que também enfrentam os seus próprios desafios.

Por sua vez, o enviado especial das Nações Unidas para o Sudão, Ramtane Lamamra, descreveu  as recentes conversações com as partes em conflito naquele país como “um primeiro passo encorajador num processo mais longo e complexo”.

As conversações realizadas entre 11 e 19 de Julho em Genebra procuraram abordar a situação humanitária catastrófica e a necessidade de adoptar medidas urgentes para garantir que a assistência chegue com segurança, juntamente com a protecção dos civis no país.

“Conto com as partes para traduzirem rapidamente a sua vontade de colaborar comigo em progressos tangíveis no terreno”, acrescentou o representante num comunicado de imprensa, citado pela Prensa Latina.

As Nações Unidas, acrescentou, continuarão a fazer todo o possível para apoiar a população.

Por fim, o mundo assinalou na semana finda  o Dia Internacional Nelson Mandela, em homenagem ao nascimento de Nelson Rolihlahla Mandela, primeiro Presidente eleito  na África do Sul pós-apartheid e um dos impulsionadores da democracia, da paz e dos direitos civis, entre outros legados venerados à escala planetária.

Instituído pelas Nações Unidas, em 2009, após consenso de 192 países membros, o “Nelson Mandela International Day” foi celebrado, pela primeira vez, em 2010.

Nascido a 18 de Julho de 1918, em Mvezo, África do Sul, e falecido a 5 de Dezembro de 2013, em Joanesburgo, Nelson Mandela foi o primeiro negro a chegar à presidência sul-africana, em 1994, volvidos mais de 20 anos de reclusão. Foi condenado, em 1964, à prisão perpétua, apesar de o Ministério Público ter solicitado a aplicação da pena morte.CS

 





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