Maputo – O primeiro festival do café de Maputo arranca na sexta-feira em Maputo, numa organização promovida pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), anunciou hoje a agência de informação de Moçambique.
De acordo com a organização, o festival contara com a parceria do projecto MozBio2, Organização Internacional do Café (ICO), Associação Moçambicana de Cafeicultores (AMOCAFÉ), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento.
O evento, de dois dias, com início sexta-feira, acontece numa altura em que a produção de café moçambicano está a ganhar notoriedade, contando actualmente com mais de cinco mil agricultores locais e mais de dez empresas nas províncias Maputo, Sofala, Manica, Tete e Zambézia e a província de Cabo Delgado.
A informação consta de um comunicado de imprensa enviado a AIM pelos organizadores, referindo que para os pequenos agricultores a produção do café representa uma oportunidade para diversificação de renda e adopção de práticas de agricultura de conservação, preservando a floresta e a sua rica biodiversidade.
“O Festival do Café terá lugar no Montebelo Indy (Maputo Congress Hotel) em Maputo, será dirigido pelo Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Ismael Correia, e contará com um programa de palestras, de sessões demonstrativas e uma feira exposição, proporcionando uma plataforma para a discussão e a exploração de temas cruciais, relacionados com a produção, o processamento e o consumo do café”, refere a nota de imprensa.
Durante o festival, será lançada a publicação do Guia Prático – Cultivo de Café sob Sistema Agro-florestal em Moçambique, produzido recentemente pelo programa TriCafé, uma colaboração entre Moçambique, Brasil e Portugal, a qual será apresentada por Fábio Partelli, da Universidade Federal do Espírito Santo.
De acordo com a organização, ao conectar os principais actores desta cadeia, o Festival do Café de Maputo fortalecerá as ligações necessárias para criar um mercado que prima pela consistência, qualidade e o estabelecimento de acordos comerciais entre marcas e produtos relacionados.
Refira-se que, atendendo ao potencial de produção de café e a busca de mercados de maior valor, Moçambique aderiu ao Acordo Internacional do Café, em 2023, num acto dirigido pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, na Sede da Organização Internacional do Café, em Londres, no Reino Unido.
Este foi um passo importante para a exposição de Moçambique a parcerias que ajudem a tornar o sector do café de Moçambique mais competitivo no mundo.DSC/CS