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Egipto rejeita proposta israelita para administrar Gaza

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  •  • Quarta, 26 Fevereiro de 2025 | 12h07
Pormenor de uma das ruas da cidade do Cairo
Pormenor de uma das ruas da cidade do Cairo
Marcelino Camões

Cairo - O Egipto rejeitou uma proposta apresentada pelo líder da oposição israelita, Yair Lapid, para que o Cairo administre Gaza durante os próximos anos, afirmando que somente os palestinos têm o direito de controlar esse território.

Em declarações à televisão Al Arabiya, uma fonte oficial que preferiu o anonimato ratificou a posição desta nação norte-africana de apoio à causa palestiniana.

Falando terça-feira num fórum organizado em Washington, Lapid propôs que o Egipto assumisse a administração de Gaza durante oito anos, com possibilidade de prolongar o período para 15, depois da guerra entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

Em troca, segundo a Prensa Latina, o político israelita estimou que os países credores e as organizações financeiras poderiam cancelar a dívida daquela nação árabe.

A fonte recusou-se a ligar as duas questões e garantiu que Cairo pagará a sua dívida externa.

O Egipto administrou Gaza após o conflito de 1948 até à chamada Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967, quando Israel conquistou grandes áreas, incluindo a Faixa.

O Presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, reiterou na véspera a sua total rejeição a qualquer projecto de deslocamento dos habitantes de Gaza, recentemente proposto pelo homólogo dos EUA, Donald Trump.

Segundo um comunicado da presidência, durante uma reunião realizada na cidade de Cairo, El-Sisi e Ammar al-Hakim, líder do Movimento Nacional Al-Hikmma do Iraque, condenaram a expulsão dos palestinianos das suas terras ancestrais.

O texto sublinhava que ambas as partes insistiam no estabelecimento de um Estado Palestiniano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, acreditando que é "a única garantia para alcançar uma paz duradoura na região".

Nas últimas semanas, El-Sisi reiterou a sua rejeição ao deslocamento da população da Faixa e insistiu na manutenção da trégua e na criação de um Estado Palestiniano.

Durante reuniões com vários estadistas e figuras mundiais nos últimos dias, o Presidente ratificou a posição do seu Governo, apoiada por todos os seus vizinhos árabes.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros desta nação do Norte de África anunciou a realização de uma cimeira árabe em Cairo no dia 4 de Março em apoio à Palestina e à reconstrução de Gaza.

O Egipto, a Jordânia, a Palestina e o resto das nações árabes condenaram o projecto da Casa Branca em termos duros, considerando-o uma violação das leis e normas internacionais. JM





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