Luanda - O apelo da União Africana (UA) aos líderes do continente para que demonstrem liderança eficaz, políticas decisivas e parcerias fortalecidas para acelerar o progresso em direcção aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Agenda 2063, constituiu, dentre outros, o destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.

Segundo a Prensa Latina, o anuncio foi feito pelo secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (ECA), Claver Gatete, durante o 11º Fórum Regional Africano sobre Desenvolvimento Sustentável, que decorre de 9 a 11 desde mês em Kampala.

Numa outra reunião, a directora de Implementação e Coordenação de Programas da Agência de Planeamento e Coordenação da Agência de Desenvolvimento da União Africana - Nova Parceria para o Desenvolvimento Africano (AUDA-NEPAD), Estherine Lisinge-Fotabong, disse, em Lusaka, que é improvável que as metas da Declaração de Malabo sejam cumpridas até 2025, devido a desafios estruturais, crises climáticas e falta de investimento.

A Declaração de Malabo de 2014 estabelece metas ambiciosas, como erradicar a fome e reduzir a pobreza em 50% em África até 2025, aumentar o comércio intra-continental e fortalecer a resiliência às mudanças climáticas.

O noticiário africano da ANGOP foi igualmente marcado pelo encorajamento do Presidente do Ghana, John Dramani Mahama, aos   países africanos no sentido de complementar os fundos doadores para pesquisa e inovação.

De acordo com o Ghanaiantimes, o presidente disse que era hora de os países africanos fazerem intencionalmente alocações orçamentárias para esse propósito para evitar interrupções no caso de retiradas de doadores.

Ainda durante os últimos sete dias,  o Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou que quase 7,7 milhões de pessoas enfrentam níveis de crise, emergência ou fome catastrófica no Sudão do Sul, num "dos piores níveis de insegurança alimentar" já registados no país.

Num 'briefing' à imprensa a partir de Juba, a directora do PAM no Sudão do Sul, Mary-Ellen McGroarty, traçou um cenário sombrio sobre a situação no país africano, onde mais de metade da população está severamente afectada pela fome, numa situação humanitária muito difícil e exacerbada pela violência e pelo conflito, e pelas divisões políticas e de segurança.  

Também na semana que hoje finda foi destacada a solicitação do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, aos líderes mundiais em fortalecerem o actual sistema de comércio multilateral durante o 30º aniversário da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC).AM/CS