Ondjiva- A chefe de departamento da Família e Igualdade do Género no Cunene, Paula Ramos, apontou, esta segunda-feira, o diálogo familiar e o controlo do comportamento, como aspectos fundamentais para conter os casos de violência contra mulher e meninas.
Em declarações à ANGOP, a propósito da jornada dos 16 de activismo pelo fim da violência contra a mulher e a menina (25 de Novembro a 10 de Dezembro), advertiu as famílias para a necessidade de promover o diálogo como factor de unidade.
Outro sim, encorajou as vítimas no sentido de denunciar os infractores, fazendo jus ao slogan “Violência não se tolera. Denuncie!"
Paula Ramos realçou igualmente a necessidade de maior sensibilização para a consciencialização das pessoas como caminho para mudanças de atitudes que levam à eliminação da violência contra mulheres e meninas, idosos e crianças.
Para efeito, disse ser fundamental juntar sinergias com vários segmentos da sociedade, com particular realce para as igrejas, no sentido de consciencializar as famílias.
Fez saber que o organismo registou ao longo dos últimos seis meses, 32 casos de violência contra mulher, dados que não reflectem os casos de violência na província.
Para assinalar a jornada estão em curso palestras sobre a divulgação da Lei 25/11 de 14 de Julho, Lei da Violência Doméstica e o Código Penal”, “o Papel da Juventude no combate a violência baseada no género" e a "masculinidade positiva e paternidade responsável".
Sob o lema ”Unidos no combate contra a violência contra a mulher e a menina”, a data foi instituída em 1991, pela Organização das Nações Unidas, em memória às irmãs Mirabel assassinadas a 25 de Novembro de 1960.
O objectivo é sensibilizar as famílias e a sociedade a mobilizar-se contra violência doméstica, desafiando as barreiras do silêncio e a denunciar as acções de violência no seio familiar, em prol de uma sociedade justa e mais inclusiva.
A nível mundial são reconhecidos três tipos de violência contra mulheres, sendo a física, a sexual e a psicológica, e abarca a mutilação genital feminina, violência doméstica, o tráfico humano e exploração sexual e casamento infantil.