Luanda - A vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, recebeu hoje, em Luanda, na sede desta formação política, a visita de cortesia do bispo da Diocese de Benguela, Dom António Jaca.

Em declarações à imprensa, o prelado católico explicou que o encontro visou “saudar a líder política e recordar a profícua colaboração mantida durante o período de gestão no governo da província do Bengo”.

De acordo com clérigo, além de saúda-la, “o encontro serviu para congratular pela sua eleição e desejar-lhe sucesso nesta nova empreitada”.

Dom António Jaca entende que se trata de uma posição de muita responsabilidade, manifestando a gratidão da Igreja pelo serviço prestado e solidariedade para que continue a desempenhar com zelo as suas funções.

Sobre a relação com o MPLA, Dom António Jaca apontou a recente visita do Secretário-Geral Episcopal de Angola e São Tomé, que já terá expressado a posição da Igreja.

Sublinhou que, enquanto bispos, “a missão é espiritual e de cidadania, bem como de contribuir para o avanço do país”.

Nesse sentido, defendeu a manutenção de boas relações e convivência com todos os actores políticos.

Comparou a política, quando exercida com responsabilidade e foco no bem comum, à missão e vocação religiosa, que exige sacrifício, doação e entrega.

Em relação ao Dia da Paz, o bispo entende que é uma dádiva essencial que deve trazer o desenvolvimento e o bem-estar social.

Apontou que os 23 anos de paz foram importante para o crescimento económico, apesar de ainda haver desafios a enfrentar.

Do ponto de vista da igreja, as celebrações dos 50 anos de independência constituem um momento de reflexão e análise sobre como aproveitar melhor a paz, promover o reencontro entre os cidadãos, repartir e manter viva a esperança.

Em relação aos lugares cimeiros que começam a ser ocupados por mulheres, o presbítero disse que olha com satisfação e naturalidade, sem qualquer descriminação, pois tem mostrado competência, tendo em atenção que o maior número de diplomados tem sido nesta franja.

“Isto significa que tem estado a estudar e a empenharem-se para que os cargos que lhes são confiados sejam por competências e não complacência”, disse.

Destacou o crescente número de mulheres diplomadas nas universidades como um indicador significativo de seu empenho e capacidade para ocupar cargos por mérito.

Regozijou-se ainda com progresso, defendendo a igualdade de género como um princípio fundamental da humanidade. MGM/SC