Londres - O processo de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos deve ter uma solução política que inclua a libertação, defendeu hoje a mulher do fundador do WikiLeaks.
"A extradição tem motivações políticas. O estatuto ao abrigo do qual Julian é acusado, a Lei da Espionagem, é político. Precisa de uma solução política", afirmou Stella Assange durante uma conferência de imprensa em Londres, dias antes daquela que é considerada a audiência final do processo de recurso para evitar a extradição para os Estados Unidos da América (EUA).
Na quarta-feira, com o apoio do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, o parlamento do país aprovou uma moção que apela ao fim do processo contra Assange para que este possa regressar para junto da sua família na Austrália.
Albanese e o Procurador-Geral australiano também têm feito diligências junto das autoridades norte-americanas para que o caso seja encerrado, segundo revelou Stella Assange na conferência de imprensa na capital britânica.
"A Austrália é um aliado extremamente estratégico para os Estados Unidos. E a sua posição tem de significar alguma coisa. Tenho esperança de que estes esforços continuem e que Julian consiga, a seu tempo, porque é uma corrida contra o tempo", vincou.DSC/AM