Washington - A candidatura presidencial da democrata, Kamala Harris, já angariou quase 1.000 milhões de dólares (quantia semelhante em euros), mais do dobro do que o seu rival republicano, Donald Trump.
De acordo como a Comissão Federal de Eleições (FEC, na sigla em inglês), em apenas cerca de três meses, Harris angariou 997 milhões de dólares (1 USD equivale 909,0545) para a sua campanha, quase tanto quanto o seu antecessor na corrida à Casa Branca, o ainda Presidente Joe Biden, que ao longo de mais de um ano tinha angariado 1.009 milhões de dólares (cerca de 934 milhões de euros).
Ou seja, os dois sucessivos candidatos (Biden desistiu da sua candidatura em favor de Harris, depois de um mau desempenho num debate televisivo contra Donald Trump, em Julho) democratas conseguiram cerca de dois mil milhões de dólares.
Em apenas três meses de corrida activa, e quando faltam apenas cinco dias para as eleições, Harris, actual vice-Presidente, conseguiu mais do dobro dos fundos obtidos por Trump, segundo a FEC, que apenas registou 391 milhões de dólares (cerca de 362 milhões de euros) como dinheiro de campanha.
Se juntarmos a estes valores os fundos angariados pelos dois partidos, os democratas continuam com grande vantagem sobre os republicanos.
Ambas as candidaturas já encaixaram um pouco mais de cinco mil milhões de dólares (cerca de cinco mil milhões de euros).
Ainda assim, este valor fica abaixo dos fundos angariados pelos dois principais partidos nas eleições de 2020, quando Trump enfrentou Biden: 7,7 mil milhões de dólares (cerca de sete mil milhões de euros), naquela que foi a corrida presidencial mais cara da história dos Estado Unidos.
Muito mais cara do que corrida eleitoral de 2016 ou de 2012, onde foram registados valores próximos dos três mil milhões de euros.
De acordo com a legislação norte-americana, não há limites para o dinheiro que um candidato pode obter para a sua candidatura, nem há limites para a quantidade de dinheiro que estão autorizados a gastar.
Desde 1976 que os candidatos passaram a ter a opção de usar um sistema de financiamento público para financiar as suas campanhas e, até às eleições presidenciais de 2012, todos participaram neste sistema, aceitando fundos governamentais, tendo como contrapartida o respeito de limites de gasto.
A partir de 2014, os principais candidatos (republicanos e democratas) passaram a recorrer a campanhas de angariação de fundos privados, embora a lei continue a impedir que obtenham dinheiro de empresas ou sindicatos. GAR
