Jerusalém - Israel vai reforçar a presença militar nas zonas circundantes da faixa de Gaza, informou quinta-feira, o exército do país.
Essa medida, antecipa-se a possíveis ataques após a detenção, esta semana, de um militante da Jihad Islâmica na Cisjordânia, informou a Lusa.
As autoridades encerraram estradas e áreas em redor de Gaza, após uma operação na noite de segunda-feira, durante a qual as tropas israelitas prenderam um jihadista sénior na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia.
Um adolescente palestiniano, que a Jihad Islâmica reivindicou como membro, foi morto durante os confrontos com as forças israelitas.
A Jihad Islâmica, que rejeita a existência de Israel e realizou dezenas de ataques mortais ao longo dos anos, disse estar "alerta" e ter aumentado a sua prontidão em resposta.
Gaza é governada pelo grupo islâmico Hamas desde que este expulsou as forças rivais palestinianas em 2007 e Israel responsabiliza o Hamas por todos os ataques oriundos da faixa.
Os dois lados travaram quatro guerras e dezenas de batalhas menores nos últimos 15 anos.
O primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, disse, após uma reunião de segurança convocada na quinta-feira, que “não aceitaremos uma situação de longo prazo, onde organizações terroristas perturbem a vida dos cidadãos”.
Israel tem levado a cabo ataques quase diários na Cisjordânia , após uma série de ataques mortais contra civis no território do país, no início deste ano.
Israel ocupou a Cisjordânia, Gaza e Jerusalém oriental na guerra de 1967, territórios que os palestinianos reclamam para o seu futuro Estado.
O processo de paz foi interrompido há mais de uma década, deixando milhões de palestinianos a viver sob o regime militar israelita sem fim à vista.