Washington - Seguem abaixo as reacções mundiais ao anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de que vai impôr tarifas maiores à China, Europa e a vários países da América Latina:
– China
A China afirmou que “se opõe de modo veemente” às novas tarifas norte-americanas e anunciou “contra-medidas para proteger” os seus direitos e interesses. O ministério chinês do Comércio pediu a Washington que “cancele imediatamente” as novas medidas, que, afirma, “colocam em perigo o desenvolvimento económico mundial” e afectarão os interesses americanos e a cadeia internacional de suprimentos.
– Colômbia
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, publicou no X que as novas taxas norte-americanas podem ser “um grande erro”. O seu país sofrerá um aumento tarifário de 10%.
– Canadá
“Vamos combater essas tarifas com contra-medidas”, alertou o premier Mark Carney, para quem as taxas norte-americanas “vão mudar fundamentalmente o sistema de comércio mundial” e afectar “directamente milhões de canadianos”.
– União Europeia
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as tarifas constituem um “duro golpe à economia mundial”. Também declarou que o bloco está “preparado para responder”, embora tenha assegurado que “não é tarde demais” para abrir negociações com Washington.
– Austrália
“Essas tarifas não são inesperadas, mas, deixem-me ser claro: elas são totalmente injustificadas”, afirmou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese. “Não são acto de um amigo”, acrescentou.
– Alemanha
A indústria automobilística alemã alertou que os impostos americanos “só criarão perdedores”. “A União Europeia deve agir agora unida e com a força necessária, enquanto continua a sinalizar a sua disposição de negociar”, expressou a Associação Alemã da Indústria Automotiva.
– Reino Unido
O ministro britânico do Comércio, Jonathan Reynolds, manifestou a intenção de fechar um acordo comercial com os Estados Unidos, para, pelo menos, atenuar o impacto das tarifas de Trump, embora tenha advertido que seu país conta com “uma extensa gama de ferramentas” à disposição e que não hesitará “em agir”.
– Itália
“A introdução de tarifas à União Europeia é uma medida que considero ruim e que não convém a nenhuma parte”, reagiu nas redes sociais a primeira-ministra Giorgia Meloni. “Farei tudo o que puder para trabalhar por um acordo com os Estados Unidos, a fim de evitar uma guerra comercial que, inevitavelmente, enfraquecerá o Ocidente, em benefício de outros actores globais”, sublinhou.
– Japão
“Transmiti que as medidas tarifárias unilaterais adoptadas pelos Estados Unidos são extremamente lamentáveis e pedi, novamente, (a Washington) para não aplicá-las ao Japão”, declarou o ministro japonês do Comércio, Yoji Muto.
– Taiwan
O governo taiwanês “considerou que a decisão (americana) é muito pouco razoável e lamenta profundamente, e iniciará negociações sérias com os Estados Unidos”, disse a porta-voz do governo, Michelle Lee, ao comentar as tarifas de 32% sobre as exportações da ilha. A tarifa não inclui os semi-condutores, um dos principais produtos exportados por Taiwan.
– Tailândia
A primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra afirmou que o governo tem um “plano forte” para responder às tarifas de 36% impostas por Trump às exportações do seu país. CV