Washington A agência policial federal dos Estados Unidos (FBI) alertou, esta terça-feira, para a existência de comunicados e vídeos falsos que usam indevidamente o seu nome e insígnia "para promover falsas narrativas em torno das eleições" presidenciais, noticiou o site Notícias ao Minuto.
"Hoje, o FBI foi informado de três casos em que o seu nome e insígnia foram indevidamente utilizados para promover falsas narrativas em torno das eleições. Estes três casos são os mais recentes de uma série de vídeos e declarações falsamente atribuídos ao FBI com o objectivo de enganar o público americano", afirmou a autoridade num comunicado.
Segundo o FBI, em causa está uma declaração que "adverte os meios de comunicação social e os 'bloggers' contra a publicação de informações sobre violência nas assembleias de voto", na qual "afirma que a divulgação activa de informações sobre ataques em assembleias de voto pode provocar um aumento espontâneo de tais incidentes e que a retenção de tais informações garantiria a segurança dos cidadãos americanos".
No entanto, alerta a agência policial, "esta declaração não é autêntica, não é do FBI e o seu conteúdo é falso".
Há também um vídeo falso que alerta para a necessidade de suspender atividades escolares "até 11 de novembro", uma vez que "o risco de tiroteios e motins nas escolas aumentou significativamente" devido às eleições nos EUA.
Por último, o FBI alertou para a existência de um vídeo que indica que a autoridade recebeu "9.000 queixas sobre o mau funcionamento de máquinas de voto" e que as máquinas foram "encontradas a submeter votos para um candidato específico".
No comunicado, o FBI garantiu que a "integridade das eleições" é uma das suas maiores prioridades, estando a "trabalhar em estreita colaboração com os parceiros estaduais e locais para responder às ameaças eleitorais".
"As tentativas de enganar o público com conteúdos falsos sobre as avaliações de ameaças e atividades do FBI visam minar o nosso processo democrático e corroer a confiança no sistema eleitoral", lê-se na nota.
Recorde-se que milhões de cidadãos norte-americanos dirigiram-se, esta terça-feira, às urnas para votar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, juntando-se aos mais de 80 milhões eleitores que ao longo das últimas semanas votaram antecipadamente para decidir quem sucederá a Joe Biden.
A escolha está centrada entre dois candidatos: o republicano e ex-presidente Donald Trump e a democrata e actual vice-presidente do país Kamala Harris.CS