Buenos Aires - Argentina registou no domingo à noite o primeiro caso suspeito da varíola do macaco, doença encontrada na África, mas que tem se espalhado pela Europa e América do Norte, noticiou hoje, segunda-feira, a Reuters.
A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde argentino.
O possível enfermo é um morador de Buenos Aires, que se consultou numa clínica no fim-de-semana com o sintoma mais característico da doença, pústulas pelo corpo.
O homem também apresenta febre.
Ele foi isolado e está receber tratamento para os sintomas, enquanto amostras colhidas estão a ser analisadas por especialistas e pesquisadores.
O residente de Buenos Aires tem histórico de viagem recente para Espanha, país com casos dessa varíola confirmados, e retornou no dia 16 de Maio para a Argentina.
Médicos e estudiosos de Buenos Aires criaram um grupo de trabalho para coordenar acções clínicas e epidemiológicas para poder validar ou descartar o caso.
Além disso, eles irão propor medidas para controlar possíveis transmissões.
Até sábado (21), a ONU - Organização das Nações Unidas - tinha registo de 92 pacientes confirmados com esse tipo de varíola e 28 casos suspeitos em países que são considerados não endémicos para a doença.
A varíola de macacos é uma doença infecciosa que geralmente é leve e é endémica em partes da África ocidental e central.
É espalhada por contacto próximo, e pode ser contida com relativa facilidade por meio de medidas como isolamento e higiene.
"O que parece estar acontecer agora é que ela entrou na população como uma forma sexual, como uma forma genital, e está se espalhar assim como as infecções sexualmente transmissíveis, o que amplificou a sua transmissão em todo o mundo”, disse David Heymann, funcionário da OMS e um especialista em doenças infecciosas, à agência Reuters.