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Governos de Luanda e Bengo enaltecem atribuição de bolsas de estudo

     Educação              
  • Luanda • Quinta, 06 Abril de 2023 | 21h26
Vice-governador do Bengo, Bartolomeu Pedro
Vice-governador do Bengo, Bartolomeu Pedro
Cedida

Icolo e Bengo – Os vice-governadores para o sector político e social das províncias de Luanda, Manuel Sebastião e do Bengo, José Bartolomeu Pedro, valorizaram esta quinta-feira, no município do Icolo e Bengo, a iniciativa do governo angolano, em atribuir bolsas de estudo a mais de 23 mil alunos do ensino primário, primeiro e segundo ciclo do ensino secundário.

Os responsáveis manifestaram o seu apreço quando intervinham no acto inaugural de atribuição de meios de pagamento das bolsas de estudo, aos alunos e encarregados de educação, presidido pela ministra da Educação, Luísa Grilo, assegurando que o incentivo vai ajudar a reduzir o absentismo e elevar a qualidade de ensino e aprendizagem.

Nesta primeira fase do programa, financiado pelo Banco Mundial (BM), foram seleccionadas escolas dos municípios de Vianda e Icolo e Bengo (Luanda) e Ambriz e Dande (Bengo) e abrangidos alunos do primeiro ciclo do ensino secundário, assim como os que frequentam o primeiro e o segundo anos da educação de jovens e adultos.

De acordo com o vice-governador da província do Bengo, José Bartolomeu Pedro, a parceria com o BM é um privilégio, na medida em que visa o desenvolvimento do sector da educação em Angola.

Disse que o facto de o Programa de Aprendizagem para Todos (PAT II), do Ministério da Educação abranger 68 municípios de Angola, começando com alguns municípios de Luanda e Bengo, com realce para as raparigas, revela-se num plano acertado para a redução da pobreza, além de impulsionar o crescimento económico e o bem-estar das famílias.

Para si, esta iniciativa vai seguramente contribuir para elevação da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, assim como para o sucesso académico, uma vez que poderá ajudar os pais e encarregados de educação a mitigar algumas dificuldades relativas a aquisição de materiais didácticos essenciais.

Revelou que para o Bengo foram inscritos nesta primeira fase, cerca de 13.218 alunos, dos municípios do Ambriz e do Dande, num universo de 33 escolas do primeiro e segundo ciclos da educação de jovens e adultos, respectivamente.

“Esta iniciativa do Banco Mundial é a todos os níveis louvável e digno de reconhecimento e decerto que o mesmo contribuirá para o combate contra o abandono escolar e garantirá a permanência dos jovens e particularmente das raparigas no sistema de ensino, alcançando deste modo o grande objectivo do projecto”, disse.

O governo do Bengo apela a demais instituições a juntarem-se a causa do BM para que seja abrangente a todos carenciados.

Por sua vez, o vice-governador da província de Luanda, Manuel Sebastião, fez saber que os pais e encarregados de educação devem ser o elemento central de todo sucesso desse programa, que deverão aproveitar de forma responsável os valores disponibilizados, para beneficiar a formação dos seus filhos.

Apelou aos pais a continuarem a incentivar as meninas a estudar por serem a franja de maior absentismo regista nas escolas, eventualmente por tornarem-se precocemente mães.

Até Dezembro de 2025, 45 mil bolsas para meninas e igual número para rapazes serão pagas, em 68 municípios considerados mais vulneráveis em todo país, que será implementado em quatro etapas.

Para 2023/24, vai dar-se início a expansão do programa e espera-se atender mais de 322 mil alunos em 24 municípios, de 11 províncias adicionais.

A segunda e terceira fases serão implementadas no ano lectivo 2024/25, em duas etapas e beneficiarão, aproximadamente, 550 mil alunos, em mais 44 municípios.

 Beneficiários louvam a atribuição de bolsas.

Luzia Francisco, vendedora ambulante agradece ao governo angolano pela atribuição da bolsa a sua filha, pois vai diminuir as suas despesas na aquisição de material didáctico.

“Sou viúva e houve vezes que tive dificuldades em ter dinheiro para o táxi da minha menina, há vezes que era obrigada a contrair dívidas para o efeito”, disse a senhora para quem os 25 mil kwanzas/trimestrais poderão suprir essas dificuldades.

Para Jorgina Agostinho, outra encarregada de educação, com a bolsa de estudo, a sua filha poderá ter sempre um lanche, material completo e continuar mais motivada durante a formação.

A munícipe prometeu fiscalizar o empenho e dedicação da menor para assegurar bons resultados em todos finais de anos lectivos. AJQ





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