Luanda – O antigo futebolista Joaquim Diniz integra a lista das 247 primeiras personalidades a serem condecoradas esta sexta-feira, em Luanda, no âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional, a assinalar-se dia 11 de Novembro.
A distinção representa o reconhecimento do mérito da antiga estrela do futebol nacional pelos seus feitos dentro e fora do país, com uma forte presença em Portugal.
Para esta primeira cerimónia, vão receber medalhas 99 cidadãos, na Classe Independência, e 148 na Classe Paz e Desenvolvimento, sendo na primeira em que se enquadra o internacional angolano pelo seu contributo indelével à Nação.
Com o seu futebol muito técnico e nem sempre pragmático, “Brinca N’Areia” seguiu para Portugal onde de 1969 -1974 representou o Sporting, o FC Porto (1975-1977) e União de Leiria (1978-1980), registrando um total 208 jogos e 38 golos.
No futebol nacional, Diniz marcou a sua carreira inicialmente na Escola do Zangado e depois no Atlético Sport Aviação (ASA) até 1970, a quando do seu regresso ao país, em 1975, nos primórdios da Independência Nacional, alcançada em 11 de Novembro daquele mesmo ano.
A nível interno, destaca-se, também, passagens pelo Sporting de Luanda e pelo Progresso Associação Sambizanga, onde ganhou uma Taça de Angola.
No seu historial, consta ainda actuação como seleccionador dos Sub-17, além de integrar a equipa técnica da Selecção Nacional “Palancas Negras”, que disputou o inédito Campeonato do Mundo, em 2006, na Alemanha.
Oriundo de uma família de desportistas, Joaquim Diniz chegou a ser conselheiro do ex - treinador dos Palancas Negras, Manuel José, na campanha do CAN 2010 que Angola organizou.
Em termos de diplomacia desportiva, em 2011, foi nomeado embaixador do Sporting de Portugal radicado em Angola.
Com a camisola do Sporting, Dinis realizou 201 jogos oficiais e marcou 36 golos. O seu talento contribuiu para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal.
Pela sua genialidade, Joaquim Dinis não foi apenas um jogador. Foi um símbolo de talento e determinação, levando o nome de Angola ao mais alto patamar do futebol internacional.
Hoje, aos 77 anos, o “Brinca N’Areia” continua a ser uma referência para o desporto nacional. O seu nome está gravado na memória colectiva dos que o viram brilhar e daqueles que, através das histórias, se encantam com a sua grandeza. JAD/MC